Durante reunião nesta terça-feira, 12, da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência presidida pelo senador Paulo Paim (PT/RS), a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli fez um panorama geral do endividamento dos estados e apontou a necessidade de conscientização e mobilização social para a mudança real.
A coordenadora mostrou uma comparação entre os dados das receitas realizadas em 2015 e as despesas pagas no mesmo ano, onde consta um superávit de R$ 480 bilhões que não está alocada em nenhuma pasta e não há informações sobre essas despesas.
— O que mais estamos vendo são notícias sobre o cenário de escassez com déficit da Previdência. Isso tudo para o governo justificar a contrarreforma. Para justificar o aumento da DRU, para dizer que não dar para ter tanto benefício para os trabalhadores. Se existe déficit porque que querem aumentar a desvinculação da receita? — indagou a coordenadora.
No debate, os convidados criticaram a Medida Provisória 739/2016 que faz alterações no plano de benefícios da Previdência Social. A medida possibilita A medida possibilita cortes na concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. O senador apresentou cinco emendas à MP, entre elas uma que revoga a medida provisória.
— A MP 739 é conhecida, popularmente como a MP da Morte. Ela representa um seríssimo e grave ataque, o mais cruel que vi nos últimos tempos, aos direitos e às conquistas dos trabalhadores brasileiros. Direitos esses que foram conquistados com muito sacrifício — alertou o senador Paim.
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