Para agência de classificação de risco, novo presidente terá dificuldades para aprovar mudanças que impactem economia
A agência de classificação de risco Moody’s avaliou nesta segunda-feira (8) que o resultado do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil sinaliza “polarização política”, o que amplia os desafios do próximo governo em relação à aprovação das reformas.
“Independentemente de quem for eleito, o novo presidente terá que formar alianças no Congresso para aprovar as reformas fiscais, particularmente da Previdência, para lidar com fraqueza fundamental no perfil de crédito do Brasil”, destacou a analista sênior da Moody’s Samar Maziad.
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, conquistou votação expressiva no domingo, mas não o suficiente para evitar um segundo turno contra o petista Fernando Haddad, salvo pela região Nordeste.
De acordo com Samar, a polarização política dificulta a capacidade do próximo presidente de estabelecer uma boa relação de trabalho com os parlamentares para aprovar as reformas.
As reformas são necessárias “para manter a confiança do investidor, preservar a estabilidade financeira e estabelecer os alicerces para um crescimento sustentado”, completou Samar.
Bolsonaro conseguiu com o resultado do primeiro turno transformar seu partido, o até então nanico PSL, em uma potência parlamentar, provocando uma mudança sísmica. O PSL deve ficar com 52 cadeiras na Câmara dos Deputados, de 513 assentos, ficando atrás apenas do PT, de Haddad, com 56 vagas.
Fonte: VEJA
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