A Pública Central do Servidor promoveu o I Fórum de Relações Parlamentares das Entidades Representativas dos Servidores Públicos no dia 6 de agosto, em Brasília. O evento teve a presença de dirigentes de setores como fisco, polícia federal, auditores, legislativo federal e estadual, polícia civil, polícia rodoviária, judiciário e outros.
A proposta do Fórum foi proporcionar um dia de laboratório de trocas de experiências e ideias para qualificar e atualizar a capacitação do trabalho parlamentar dos servidores públicos. A dinâmica política vem mudando e cada vez mais os parlamentares são impactados por suas bases, imprensa, opinião pública e terceiro setor.
O Fórum começou com a participação de Guilherme France, consultor da Transparência Internacional, ONG que vem desenvolvendo um forte trabalho de fomento a novos mecanismos legislativos que impeçam e dificultam a corrupção.
Logo após o sociólogo Cristiano Ferri, um dos fundadores do Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados, explicou o conceito de Parlamento Aberto e de desenvolvimento de novas leis em parceria com a sociedade, especialmente através dos meios digitais.
O Professor de gestão pública da USP, Fernando Coelho, fez uma exposição sobre “Relações Parlamentares na Nova Política”, onde destacou a transição de valores que permitem pessoas e instituições liderar processos ou não no país. É uma nova mecânica de respostas e transparência que, quando não respeitada, invalida o interlocutor e a liderança.
Já Eduardo Galvão, professor de relações governamentais do Ibmec, e Fernanda Burle, do Instituto de Relações Governamentais, ofereceram uma visão do amplo espectro de instrumentos no desenvolvimento dessa atividade, recursos de relacionamento e ações, e ao mesmo tempo comentaram a questão da regulamentação do lobby.
Na parte da tarde o evento teve um painel contínuo abordando o desafio de fazer com que determinadas causas e projetos avancem no Congresso Nacional e realmente envolvam os parlamentares.
Alexis Souza, assessor da liderança do PP, ressaltou a necessidade de ter um programa de ação contínuo e profissionalização dos métodos de trabalho parlamentar dentro do Congresso Nacional. Citou como algumas Frentes Parlamentares conseguem mais repercussão que outras.
Já Alexandre Varela, da Fundação Lauro Campos do PSOL, alertou que é importante pressionar a direção da Câmara dos Deputados para respeitar o acesso mais frequente e menos vigiado da sociedade, pois apenas com a participação de cidadãos e de grupos sociais a produtividade legislativa poderá traduzir melhor os anseios das pessoas.
Carlos Michelis, Vice Presidente da Fundação Leonel Brizola, mostrou sua preocupação com a banalização da política, a desconstrução de valores nesse campo e no Parlamento, como riscos para uma democracia de qualidade.
Flávio Werneck, vice presidente afastado da FENAPEF – Federação Nacional dos Agentes da Polícia Federal, pré-candidato, enfatizou como o voto do servidor pode fazer a diferença caso seja exercido com foco e em quem de fato tem trabalhos prestados para as categorias.
Vilso Romero, ex-presidente da ANFIP e pré-candidato no Rio Grande do Sul, destacou a diferença de resultados obtidos pelo trabalho dos servidores no Congresso Nacional quando existe uma forte união e sincronia de estratégias e investimento de recursos humanos e financeiros das entidades representativas.
O Fórum foi mais uma iniciativa aberta para todos dirigentes e entidades, por parte da Pública, de maneira a criar ambiente de conhecimento para um salto de qualidade na atuação das entidades e na aproximação de suas lideranças.
Fonte: PÚBLICA
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