A Confederação Nacional da Indústria apresenta nesta quarta-feira (4), proposta de reforma tributária em encontro com presidenciáveis em Brasília.
A proposta é reduzir a complexidade e falta de transparência na tributação de bens. "Nosso sistema prejudica a competitividade, pois os produtos carregam um custo tributário que competidores internacionais não têm", diz o gerente-executivo da CNI (COnfederação Nacional da Indústsria), Flávio Castelo Branco. Para ele, os problemas afetam mais a indústria, que sofre mais com o sistema tributário.
O setor agrícola, diz ele, tem uma série de vantagens competitivas e, em geral, os produtos agrícolas são desonerados.
Dentre as principais sugestões, destaca-se a isenção fiscal na compra de máquinas, como forma de reduzir o custo dos investimentos feitos pela indústria. O setor propõe também a ampliação do uso do crédito tributário de alguns produtos, como a energia elétrica.
"É um sistema imperfeito, que gera distorções", diz Castelo Branco.
A expectativa da CNI é que a questão tributária venha a ser colocada pelos candidatos como prioridade e consiga sair do papel no próximo governo, seja ele qual for.
"Quero crer que os problemas estão mais mapeados e há uma chance razoável de ter avanço nessa questão no próximo governo. Está cada vez mais claro que o problema tributário é grave e a população percebe isso", diz Castelo Branco.
A proposta não contempla outras questões presentes em outros desenhos, como a regressividade do sistema brasileiro ou os regimes especiais. A expectativa do setor é que seis presidenciáveis participem do encontro em Brasília: Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos).
Fonte: Folha de S. Paulo
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