O Governo Federal anunciou que irá adiar até 2020 o reajuste salarial de 370 servidores de 23 categorias, como professores, militares, auditores da Receita e peritos do INSS. O governo já havia tentado adiar a medida para 2019, mas acabou encontrando resistência por parte de alguns parlamentares.
A União alega que o aumento salarial de 6,31% é muito alto, comparando o momento vivido com o ano de 2016, época que o acordo foi negociado e que tinha a inflação mais alta. De acordo com o Ministro de Planejamento, Esteves Calnago, esse adiamento pode gerar uma economia que ronda os R$ 5 milhões, além de ser fundamental para não ultrapassar o teto dos gastos e paralisar a máquina pública.
Do outro lado estão os servidores públicos que contestam a decisão e prometem oferecer resistência caso mais medidas assim forem aprovadas. Segundo Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), a classe está recebendo essas notícias com surpresa, pois fogem do que foi acordado anteriormente. “Os servidores têm sido surpreendidos por medidas unilaterais da administração. Se vierem mais medidas arbitrárias, só temos uma resposta, que é trabalhar contra”, pontua.
O governo reconhece que enfrentará resistência dos servidores públicos, porém classifica a mudança como necessária e espera uma melhora no cenário após a eleição para presidência. “Poderia ser projeto de lei ou medida provisória. Seria a mesma tentativa que a gente fez agora, mas talvez num outro cenário, com um presidente eleito”, finaliza Colnago.
Fonte: Opinião Livre
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