Matéria original/imagem: Conjur
 

O Judiciário tem uma participação intensa no combate às notícias falsas. É o que constata Caroline Somesom Tauk, juíza federal da 2ª Região e coordenadora acadêmica do Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Conhecimento.

A magistrada falou sobre o assunto em entrevista à série "Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito", que a revista eletrônica Consultor Jurídico vem publicando desde maio. Nela, algumas das mais influentes personalidades do Direito abordam os assuntos mais relevantes da atualidade.

Caroline citou dados de uma pesquisa sobre a jurisprudência dos tribunais superiores quanto às fake news, feita pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com a FGV Conhecimento e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A análise levou em conta decisões proferidas entre 2019 e 2022.

"A maior parte dos autores que peticionam buscando o amparo do Judiciário por estar sendo ofendido por um conteúdo de desinformação é formada pelos partidos políticos e pelos próprios políticos", apontou a juíza. O mesmo vale para o polo passivo: os réus, em geral, também são partidos e políticos.