O Tribunal de Contas do Estado (TCE) está repassando ao Estado do Paraná a importância de R$ 18 milhões de reais, a ser destinado à pesquisa, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), para o desenvolvimento de um novo imunizante contra a COVID-19.
O repasse foi formalizado nessa segunda-feira, dia 12 de julho, entre o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o presidente do TCE, Fabio Camargo, e o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca.
O valor é fruto de economias nas despesas do TCE no atual exercício.
Ratinho Junior também lembrou que o trabalho de fiscalização do TCE atestam a seriedade do Estado no combate à pandemia. “Além de sua função de fiscalização e auditagem, que contribui para dar mais transparência ao Estado no enfrentamento à pandemia, o Tribunal de Contas também mantém essa parceria solidária para combater a pandemia e buscar a solução através das vacinas”, ressaltou.
O presidente do TCE disse que houve um esforço dentro do órgão para reduzir os gastos, o que já tinha permitido um repasse de R$ 20 milhões ao Governo do Estado em abril, para ampliar as ações de enfrentamento à Covid-19. No ano passado, o TCE também chegou a destinar recursos para a área, juntando-se aos repasses feitos pela Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público e por outros órgãos e empresas paranaenses.
IMUNIZANTE – Os pesquisadores da UFPR usaram um polímero bacteriano chamado polidroxibutirato (PHB), que utiliza a proteína spike da Covid-19, responsável por ligar o coronavírus às células humanas e de outros mamíferos. As partículas do PHB são recobertas com a proteína do Sars-CoV-2, induzindo o organismo a uma forte resposta imune. Esse fato já foi demonstrado em camundongos.
A universidade precisa agora dar continuidade à pesquisa, que está na fase pré-clínica, com testes em animais. O valor de R$ 18 milhões vai permitir a criação de uma infraestrutura laboratorial com base nas certificações exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o desenvolvimento do imunizante. “A vacina é promissora e, além de paranaense, vai ter baixo custo e usará insumos nacionais”, afirmou Fonseca.
“Esse recurso vai viabilizar, dentro da universidade, a estipulação de alguns laboratórios que tenham capacidade técnica de desenvolver os imunizantes. É uma etapa fundamental desse processo, que é tão sensível e regrado, e também muito custoso”, explicou o reitor. “A vacina tem potencial para imunizar contra a Covid, que é a grande emergência atual, mas também há a possibilidade de a tecnologia ser usada no combate a outras doenças a médio e longo prazo”.
Fonte: https://cutt.ly/9mHhZy7
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