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Governo anuncia reajuste do funcionalismo, encerra negociação e quer punir grevistas

  • 14 de maio de 2015
O governo do Paraná informou nesta quinta-feira (14) que vai dar um reajuste de 5%, pago em duas parcelas, aos salários de seus servidores públicos. A administração estadual vai enviar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa com a proposta, que, segundo o governo, foi feita “conforme a capacidade orçamentária e financeira” do estado.
 
APP-Sindicato vai apoiar greve geral dos servidores a partir de terça-feira
 
A declaração é uma reação à postura do governo estadual, que informou considerar encerradas as negociações sobre a data-base com todos os sindicatos de servidores.
 
Professores protestam em frente a Delegacia da Receita Estadual e questionam destino do dinheiro do estado.
 
Ao mesmo tempo, foi anunciado encerramento das negociações com os sindicatos de servidores públicos. A administração anunciou ainda que, como as paralisações de professores da rede estadual e do ensino superior foram consideradas abusivas pela Justiça, vai registrar as faltas e fazer desconto no salário dos grevistas.
 
Entre as medidas anunciadas, também está a abertura de processos por insubordinação contra diretores que, segundo o governo, teriam mantido escolas fechadas ou dificultado o acesso de estudantes e professores.
 
Greve já afeta férias de julho e os sábados
 
Estado precisa garantir o mínimo de 200 dias letivos na rede pública e para isso precisará avançar nas horas de descanso
 
A administração Beto Richa (PSDB) ainda anunciou que vai destinar R$ 260 milhões, ainda em 2015, para quitar benefícios que estão em atraso, como promoções e progressões de carreira.
 
Na manhã desta quinta, a APP-Sindicato, que representa professores da rede estadual de ensino, fez protesto no Centro da capital para cobrar do governo do estado uma proposta para a data-base do funcionalismo. Os servidores exigiam reajuste de 8,17% que, segundo eles, é a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses.
 
A segunda (e última negociação) entre governo e servidores foi realizada na terça-feira (12) e terminou sem uma proposta concreta por parte da administração estadual. O impasse levou os sindicatos a subir o tom e ameaçar a realização de uma greve geral.
 
Reação
 
A APP-Sindicato informou que considera a medida do governo estadual autoritária. O entidade informou ainda que deve ser realizada, na sexta-feira (15), uma reunião do Fórum das Entidades Sindicais (FES) para definir que resposta que vai ser dada, oficialmente, para a decisão. Entre os itens a serem discutidos está a possibilidade de uma greve geral dos servidores estaduais, que começaria no dia 19, data para a qual o governo teria anunciado a intenção de realizar uma terceira rodada de negociações sobre a data-base do funcionalismo.
 
Em discurso durante o protesto do sindicato em frente à Secretaria da Fazenda,realizado nesta manhã, o presidente da APP, Hermes Silva Leão, afirmou que o governo Beto Richa usa “métodos da ditadura” para lidar com conflitos.
 
   
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