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PF cumpre nova fase da Lava-Jato após fim da força-tarefa de Curitiba

  • 11 de fevereiro de 2021

Cinco mandados de busca e apreensão são cumpridos em São Paulo, sendo três na capital. Ação é desdobramento de operação que em 2016 prendeu marqueteiro do PT

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11), a Operação Pseudeia, 80ª fase da Operação Lava-Jato e a primeira após o fim da força-tarefa de Curitiba. A equipe de procuradores foi dissolvida e passou a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Nesta fase, são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em São Paulo, sendo três na capital e dois em Pindamonhangaba. A 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba autorizou o bloqueio e sequestro de valores até o limite dos prejuízos identificados, até o momento apurados em R$ 5,3 milhões.

O caso é desdobramento da Operação Acarajé, 23ª fase da Lava-Jato de Curitiba, que em 2016 prendeu o marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais do PT em 2006, 2010 e 2014, e sua esposa, Monica Moura. Na ocasião, a polícia indicava que o casal era suspeito de receber pagamentos que somavam US$ 7,5 milhões feitos por um engenheiro apontado como operador de propinas na Petrobras, por meio de offshores ligadas à Odebrecht.

Segundo a PF, na época se comprovaram diversos fatos criminosos, dentre esses pagamentos ilícitos a agentes públicos e marqueteiros. Havia sido realizada, ainda, transferência por parte de um representante de estaleiro estrangeiro a outros indivíduos não identificados. Esta operação atinge um desses indivíduos, o empresário Cláudio Mente, alvo das buscas e apreensões e do bloqueio de R$ 5,3 milhões.

“Ele celebrou contrato de consultoria ideologicamente falso com o representante de estaleiro estrangeiro, utilizando-se, para tanto, de empresa offshore constituída em paraíso fiscal e de conta no exterior em seu nome”, informou a PF. Segundo a denúncia, foram efetuados, com isso, em 2013, pagamentos na ordem de US$ 1 milhão a ele, que teriam sido feitos mediante a simulação de contratos e transferências internacionais.

O Ministério Público Federal (MPF) chegou ao acusado graças a um acordo de delação premiada feito com o representante do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki, empresa que prestava serviço à Petrobras. Na decisão que autorizou as diligências, a 13ª Vara de Curitiba comenta "o presente caso refere-se a uma fração dos delitos descortinados pela operação Lava Jato".

Tesoureiro do PT

De acordo com o colaborador Zwi Skornicki, os pagamentos foram feitos a partir de solicitação de vantagem feita pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Com base nas informações, a PF confirmou a existência de mensagens que comprovavam o relacionamento entre o investigado e o colaborador, e entre os dois e o tesoureiro. Com material apreendido em uma outra operação, observou-se que teriam ocorrido tratativas em 2014 para o pagamento de mais de US$ 600 mil ao investigado, mas que não ocorreu devido ao início das operações da Lava Jato.

Conforme denúncia do MPF, os recursos repassados a Cláudio "tinham origem na corrupção realizada em contratos firmados com a Petrobras", mas não está delimitado, ainda, o destino dos recursos depositados em contas de offshores. O valor pago a ele, segundo Ministério Público, foi deduzido "de dívida de propina que havia pactuado com João Vaccari em favor do Partido dos Trabalhadores relativamente a contratos firmados com a Petrobras".

As diligências têm como objetivo esclarecer os motivos de transferências bancárias ao exterior em benefício do investigado e entender o motivo pelo qual os pedidos de pagamento foram feitos por Vaccari. A reportagem busca contato com a defesa de Vaccari e Cláudio Mente. O espaço está aberto para manifestação. 

 

Fonte: Correio Braziliense

   
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