O senador Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou em pronunciamento nesta quarta-feira (29) que está empenhado na busca de uma alternativa para evitar perda salarial e desemprego para os servidores públicos. Esse é, segundo o senador, um dos efeitos negativos do projeto que trata do auxílio da União para estados e municípios enfrentarem a crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19 (PLP 149/2019).
Ele disse ser preciso compensar a perda de arrecadação com ICMS e ISS, mas advertiu que redução de salário e demissões no funcionalismo público representarão um grande impacto na economia especialmente de cidades pequenas.
Marcos Rogério observou que a proteção do servidor público não beneficia somente essa categoria, mas também outros setores que se mantêm com a prestação de serviços contratados por trabalhadores do setor público.
— A engrenagem econômica é dinâmica. O servidor público busca o serviço de um profissional liberal, que por sua vez emprega outros trabalhadores, que, ao receberem, vão pagar as contas na mercearia, nos mercados, na farmácia e assim por diante, contribuindo para a manutenção do emprego de mais gente. É mais dinheiro na praça, aquecendo também o próprio mercado informal. Estamos, portanto, pensando em todo país ao estudar e votar essa matéria — esclareceu.
O PLP 149/2019 deverá ser votado no sábado e, se aprovado com as alterações feitas pelos senadores, voltará à Câmara dos Deputados para depois ser remetido à sanção presidencial.
Marcos Rogério acrescentou que as mudanças feitas no Senado são necessárias porque o texto votado pelos deputados transfere para a União “a conta que ela não fez e não consegue arcar”.
Bolsonaro
Marcos Rogério disse também que é preciso seguir a pauta de votações no Congresso Nacional para o país reagir o mais rápido possível diante da crise econômica. Para ele, não é hora de "dar combustível para crises políticas". Ele disse que não vê razão jurídica ou política para um impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Na opinião do senador, o Parlamento precisa continuar dando suporte ao governo para o enfrentamento dos problemas econômicos e estruturais. Marcos Rogério ponderou que desentendimentos como o ocorrido entre o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o presidente da República são passíveis de acontecer em qualquer gestão pública, mas “isso não pode ser maximizado ou explorado politicamente”.
— Precisamos de equilíbrio e muita moderação para não criar mais crises e desestabilizar o país. Mais uma vez o Brasil precisa de serenidade e cooperação de todos os atores da vida pública nacional. Estamos trabalhando pela pacificação e não é preciso aprofundar conflitos. Precisamos de mais diálogo entre os poderes e o apoio de toda a sociedade — afirmou.
FONTE: Agência Senado
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