Zenaide Maia (Pros-RN) , afirmou que a PEC paralela não vai corrigir a destruição da aposentadoria aprovada na Câmara
A senadora afirmou, na quinta-feira (29), que o Senado precisa alterar alguns aspectos do texto da reforma da Previdência.
Segundo a parlamentar, se o texto for aprovado como está, a reforma “vai mexer com a vida de todos os brasileiros e condenar um bocado a nunca se aposentar”.
Zenaide Maia considerou que não há necessidade para tanta pressa na aprovação das mudanças que o governo Bolsonaro quer impor no sistema de aposentadorias, uma vez que as mudanças previdenciárias não resolverão o problema da crise econômica e financeira do país.
“Isso eu não me canso de dizer: o que tira o país da crise é investimento nos setores que geram emprego e renda. Estamos aí com 30 milhões entre desempregados e subempregados. E a saída é tirar o direito dos trabalhadores se aposentarem?”, questionou.
A parlamentar disse que a proposta encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo, mesmo depois de sofrer alterações feitas pela Câmara, “não tira privilégios”. “Sabe por que ela não tira privilégios? Porque quem tem privilégio não é trabalhador, quem tem privilégio são grandes empresas que sonegam a Previdência”, ressaltou.
“Não sou eu que estou dizendo, a Receita Federal mostra que no ano passado o governo deixou de arrecadar 620 bilhões dos grandes devedores deste país. Privilégio tem grandes empresas, que, quando ficam devendo, vêm a esta Casa com uma medida provisória e fazem Refis bilionário”, acrescentou Zenaide Maia.
Ela citou como exemplo de privilégios a aprovação da Medida Provisória 795/2017, a chamada MP do Repetro, que “anistiou petroleiras estrangeiras por 25 cinco anos” com a criação de um regime especial de importação de bens a serem usados na exploração, no desenvolvimento e na produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos.
A senadora disse ainda não acreditar que uma PEC paralela possa corrigir as distorções da reforma da Previdência, como foi anunciado pelo governo.
Vimos acompanhando as posições da parlamentar sempre manifestadas nas reuniões em que atua contra os desmandos de um governo “caçador” de direitos dos brasileiros, assim como na CCJ, Senado, em 21/8, reunião em que a Pública se fez presente na mesa de debates.
Fonte: Pública
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