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Mercado reduz crescimento do PIB pela 20ª semana consecutiva

  • 25 de julho de 2019
Principal reforma econômica, proposta pelo governo Bolsonaro, que visava crescimento do PIB não corresponde as expectativas
 
Com o slogan de combate a privilégios e uma ilusória promessa de um crescimento exponencial do Produto Interno Bruto (PIB), a reforma da Previdência, proposta pela equipe econômica do governo Bolsonaro, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, não cumpre suas promessas e reduz o crescimento do PIB pela 20ª consecutiva.   
 
Segundo perspectivas do governo, com a aprovação da reforma o PIB do país seria elevado a 2,29% ao ano, e sem ela, apenas 0,8%. Mas, conforme dados divulgados pelo Boletim Focus do Banco Central, no momento, o PIB do país está abaixo de 1%, e a expectativa do mercado é de apenas 0,82% para este ano. 
 
O Boletim Macrofiscal da Secretaria Política Econômica do Ministério do Governo também demonstra uma queda nas projeções de mercado, em maio esperava-se que o PIB chegasse a 1,6%, hoje, 0,81% apenas.  
 
Para o governo, a situação atual se explica por questões estruturais como a deterioração do cenário fiscal do país. E aos choques de curto prazo: a guerra comercial entre Estados Unidos e China, os impactos do rompimento da barragem de Brumadinho, e os fatores climáticos sazonais que prejudicaram a agricultura.  
 
É válido destacar que a nova projeção do PIB, bem mais baixa do que a esperada, não se deve exclusivamente à Reforma que segue em trâmite. A retração da atividade econômica também foi um fator determinante para a nova previsão de apenas 0,81% do Produto Interno Bruto.  
 
RETRAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA  
É a retração geral na atividade econômica por um determinado período, acarretando na queda no nível da produção medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), aumento do desemprego, queda na renda familiar, redução da taxa de lucro, aumento do número de falências e concordatas, aumento da capacidade ociosa e queda do nível de investimento.  
 
O otimismo exagerado, o erro de diagnóstico, a desidratação da proposta e, principalmente, a falta de uma agenda econômica efetiva para o período pós-reforma foram fatores determinantes para a construção do cenário atual.  A atividade econômica está ligada 100% às decisões políticas, e três delas estão diretamente conectadas à retração da atividade econômica: O teto de gastos, a reforma trabalhista e a reforma da previdência, todas medidas recessivas.  
 
Mesmo com essas três medidas adotadas que, segundo o governo, seriam as responsáveis pelo crescimento econômico do país, o PIB segue em baixa. O que só aumenta a sensação de instabilidade e preocupação com a administração atual. Uma nova medida precisa ser viabilizada com urgência, já que a principal proposta do governo [Reforma da Previdência] não funciona. 
 
O Sindicontas/PR acredita que a Reforma Tributária é essencial para que o Brasil melhore seu desenvolvimento econômico, simplificando impostos e também lutando pelo combate às desigualdades do nosso país. Essa medida que deveria ser a defendida desde o princípio do governo, ao contrário da Reforma da Previdência, que vem para ampliar ainda mais esses índices de desigualdade.  
 
Seguimos atentos a todas as decisões e medidas tomadas pela equipe econômica do governo Bolsonaro. Permaneceremos firmes na luta pelos direitos dos nossos filiados e buscaremos trabalhar para a construção de um cenário político e econômico favorável a todos os brasileiros e, principalmente, a nossa categoria. 
   
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