Para Bernardo Mello Franco, Paulo Celso Pereira e Antonio Gois, governo errou ao politizar e tratar ideologicamente o corte no orçamento do MEC, unindo até adversários. A insistência no confronto pode inflamar ainda mais as ruas, avaliam
A primeira grande manifestação popular do governo de Jair Bolsonaro desafia a estratégia de polarização adotada pelo presidente. Centenas de milhares de pessoas foram às ruas dos 26 estados e do Distrito Federal na quarta-feira para protestar pacificamente contra os cortes no orçamento do Ministério da Educação (MEC), que atingiram as universidades federais e as etapas básicas de ensino.
Estudantes, professores e servidores do ensino público federal foram os catalizadores do movimento, mas ele atraiu também alunos, pais e profissionais do ensino privado, além de trabalhadores de outras áreas, em menor número, e partidos políticos.
Colunistas do GLOBO analisam que o governo errou ao politizar e tratar ideologicamente o corte no orçamento do MEC.
Bernardo Mello Franco
Bolsonaro provoca a rua
Depois de quatro meses e meio, o governo de Jair Bolsonaro enfrentou os primeiros grandes protestos. Estudantes e professores foram às ruas em todo o país. Criticaram os cortes na educação e o sucateamento das universidades federais. Ao chamar os manifestantes de “idiotas”, Bolsonaro dobrou a aposta na polarização política. É uma estratégia arriscada, que pode inflamar as ruas contra o governo. (
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Paulo Celso Pereira
Presidente colhe a opção por politizar cortes
No dia 15 de março de 2015, as ruas de todo o país foram tomadas por protestos massivos contra o governo Dilma Rousseff, que havia sido reeleita no outubro anterior, na mais disputada eleição presidencial da História brasileira. Foi a primeira da série de manifestações que deram lastro popular ao impeachment. Naquela altura, a petista já estava no Planalto havia 50 meses. Na quarta-feira, antes mesmo de completar cinco meses na Presidência, Jair Bolsonaro tornou-se alvo de protestos por todo o país. (
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Antônio Gois
Bolsonaro e ministro da educação jogam querosene no fogo
Para além do discurso vago de que Educação é prioridade, formar consensos no setor educacional é tarefa quase impossível no Brasil. Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, caminham a passos largos nessa direção. (
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Fonte: O Globo
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