Sindicontas criou um plano de ação contrário a PEC 6/2019
"É a economia que resolve a previdência e não a previdência que resolve a economia"
O Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (Sindicontas) está preparando ações a serem realizadas contra a PEC 6/2019. Estas ações necessitarão de recursos financeiros para a sua execução. Por isso, é de extrema importância que todos os ativos e aposentados estejam envolvidos na luta pela nossa Previdência, já que o cenário pode se tornar irreversível daqui para a frente. Incentivamos a participação e filiação ao Sindicontas. Convide seus colegas que ainda são filiados ao sindicato a filiarem-se.
As ações serão realizadas em conjunto com outras entidades que são contra a proposta apresentada no Congresso, através de iniciativas similares as desenvolvidas em 2017: Criação da página Todos Contra o Fim da Aposentadoria, divulgação em rádios, outdoors, publicações nas redes sociais, vídeos curtos para mídias digitais, assim como reuniões com os deputados do estado do Paraná e de Brasília para discutir o retrocesso da pauta. Através do diálogo e da ampliação do tema, comprovaremos que é a economia que resolve a previdência e não a previdência que resolve a economia. Não é hora de esperarmos que façam por nós, é hora de fazermos, a Reforma prejudica a todos. Precisamos que todos engajem-se nesta luta divulgando o material produzido e conversando com pessoas próximas para alertar a sociedade sobre o perigo da Reforma.
Estão colocando os servidores públicos como privilegiados e aproveitadores dos recursos públicos, quando, na verdade, somos os agentes do Estado. Os governantes passam, mas o Estado personificado fica. Hoje, não adianta só mostramos indignação através das redes sociais, precisamos de ações efetivas que possam interferir na opinião de toda a sociedade, mas principalmente dos deputados. Precisamos fazer chegar até eles a discordância da maioria da população quanto a esta "Nova Previdência". Importante frisar que o modelo proposto não deu certo em lugar algum e a maioria dos países estão retornando ao modelo antigo, que é o nosso modelo atual.
A luta será árdua e contra o poder econômico, que já convenceu boa parte da população de que os servidores públicos são a razão de todos os males e a Reforma é a única saída para as mazelas do Brasil. Para isso, os recursos financeiros são necessários. As instituições que lutam pela Previdência estão sem recursos financeiros para atuar com mais força contra a proposta, enquanto o governo tem investido muito para a aprovação dela. Não à toa, em pleno período de aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019, que trata da Reforma da Previdência, sofremos com retaliações. É o caso da Medida Provisória (MP) 873/2019, que proibi que as contribuições dos filiados sejam descontadas da folha de pagamento. Por esse motivo, precisamos do apoio de cada filiado.
Essa é a forma que o governo encontrou para tentar abafar a voz daqueles que se mostraram contrários ao corte de direitos, como prevê a Reforma da Previdência. A MP 873/2019 veio para tentar conter os sindicatos, que são diariamente o instrumento de luta dos trabalhadores. Aliás, no que dependesse do setor patronal, esses direitos não iriam existir. Agora é a hora de nos mostrarmos ainda mais unidos como categoria e sindicato, demonstrando que não aceitaremos calados as medidas que o governo quer impor.
No passado, os sindicatos foram os responsáveis por conquistar diversos direitos aos trabalhadores, como a aposentadoria, o salário mínimo, o direito de férias e o 13º salário. Algo impensável na época, mas indispensável para os dias de hoje. Possivelmente, daqui alguns anos, se tornará complexa a explicação do cenário político brasileiro que estamos vivendo: em que o corte de direitos passa a ser discutido com uma naturalidade que não deveria existir. A Previdência não é um privilégio do trabalhador, é um direito que está previsto na Constituição.
A Reforma da Previdência é uma injustiça com o servidor público, o setor mais atingido pela atual proposta. Além disso, vem com o intuito de aumentar ainda mais a desigualdade social e acabar com os direitos que foram conquistados no passado. Todos os trabalhadores precisam se unir nesse momento e lutar contra a aprovação dessa Reforma, inclusive nós. Ajude o Sindicontas a dar continuidade nos trabalhos que terão um resultado efetivo, assim como as lutas travadas contra a PEC 287/16, a Reforma da Previdência do Michel Temer. Vencemos aquela batalha e juntos venceremos essa também!
Comentários
Roberto Freitas
Total absurdo essas medidas que estão destruindo tudo que foi conquistado ao longo do tempo até aqui. A aposentadoria do setor público já foi regulamentada pela Emenda Constitucional EC 41/2003 que estabeleceu a idade mínima de 60 anos para homens. Mexer novamente é afrontar a constituição em vigor. Se é pra economizar 1 trilhão, que suspenda a isenção de impostos no valor de 1 trilhão concedida a Shell. E se passar o regime de capitalização vai ser um golpe no povo em benefício do mercado financeiro. #naoareformadaprevidencia e #naoadeformadaprevidencia
BEATRIZ TEREZINHA MULLER
O setor público já teve sua reforma da previdência no final de 2003, quando foi tirado o direito à integralidade e a paridade aos servidores que passaram a ingressar a partir de 2004.
O modelo de capitalização (poupança individual) como quer o Ministro da Economia Paulo Guedes, levará os aposentados a extrema miséria, tornando o Brasil numa Venezuela de direita.
BEATRIZ TEREZINHA MULLER
O setor público já teve sua reforma da previdência no final de 2003, quando foi tirado o direito à integralidade e a paridade aos servidores que passaram a ingressar a partir de 2004.
O modelo de capitalização (poupança individual) como quer o Ministro da Economia Paulo Guedes, levará os aposentados a extrema miséria, tornando o Brasil numa Venezuela de direita.
Sérgio Santa Catarina
Então,
A notícia me fez crer que teriam criado um canal para fazer colaboração extraordinária para a campanha.
Posso fazer isso de alguma forma?
Não posso adiantar um mês de aposentadoria, é claro, ... rsrsrs ..., mas sempre dá para ajudar um pouco.