Na tentativa de se colocar à frente das principais reformas que estão sendo estudadas pelo novo governo, Rodrigo Maia tropeça em suas palavras e se mostra mais uma vez desinformado com a atual realidade dos brasileiros. Não nos surpreende, aliás, para quem é deputado federal há vinte anos e tem pouco interesse em defender a classe trabalhadora, fica difícil de acompanhar mesmo.
A Reforma da Previdência vem sendo constantemente defendida por Nhonho – personagem da série infantil Chaves com notória semelhança física a figura de Rodrigo Maia –, que está disposto a defendê-la com unhas e dentes, nem que para isso tenha que soltar algumas asneiras. Tudo bem, seja como for, o Senhor Barriga – que assume o papel empresarial – estaria orgulhoso do seu filho. A pérola da vez do presidente da Câmara, foi afirmar que:
“Todo mundo consegue trabalhar até 80 anos.”
– Rodrigo Maia.
“Eu sou a favor de uma regra de transição mais curta. Todos nós temos uma expectativa de vida maior. Quando a gente chega a 60 anos, ela aumenta mais ainda. Nós temos que entender que trabalhar até 62 anos sem transição não é problema nenhum. Todo mundo consegue trabalhar hoje até 80, 75 anos”, disse Rodrigo Maia, em entrevista à GloboNews quando questionado sobre qual reforma será votada.
Como assim, Nhonho? Não te disseram que não dá para viver na fantasia? A real expectativa de vida no Brasil é de 75 anos, você espera que todos os trabalhadores morram trabalhando ou façam hora-extra na terra? De qualquer forma, é preocupante ver a cegueira de classe, ainda mais de um representante político encarregado de aprovar leis que valem para todos os brasileiros.
Rodrigo Maia nos mostra a cada dia que ele é mais um daqueles figurões que acreditam que os trabalhadores servem apenas para girar capital, independente da sua idade ou da sua condição de saúde. Dentro da cabeça dessas figuras, não interessa se é adulto, jovem, recém-nascido ou idoso, o que realmente interessa é o trabalho, não é?
Não, Nhonho, sinto lhe informar que não. Ainda que a sua atual preocupação seja em manter o auxílio-mudança aos deputados – no valor de R$ 33.763, equivalente ao salário mensal do parlamentar – que foram reeleitos e que, portanto, não teriam gasto algum com mudança, existe uma realidade muito maior e difícil no dia a dia dos trabalhadores.
Não que esperássemos qualquer postura melhor, aliás, não é a primeira vez que ele passa por cima dos trabalhadores para defender alguma reforma. É o caso da Reforma Trabalhista, em 2017, quando afirmou que a Justiça do Trabalho “não deveria nem existir”. Em seu mundo de fantasias, precisamos lembrar: você é um empregado dos eleitores e, portanto, deveria se preocupar com eles.
O Sindicontas/PR volta a reafirmar o que já havia dito antes das eleições: Maia é exemplo do que existe de pior na política nacional. Nós, como servidores públicos, temos o dever de zelar não só pela nossa categoria, mas pelo bem-estar social de todos. Continuaremos sendo a voz firme contra parlamentares que não estão comprometidos com os nossos valores!
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