O deputado federal Rogério Simonetti Marinho (PSDB-RN), 55 anos, assumirá a Secretaria Especial da Previdência Social. A escolha foi feita pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e confirmada em nota oficial divulgada pela assessoria. Marinho deverá ser um dos principais articuladores entre o governo e o Congresso Nacional para avançar na reforma da Previdência.
Relator da reforma trabalhista na Câmara, Marinho não se reelegeu para deputado federal do Rio Grande do Norte nas eleições de outubro. Economista de formação, foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte. Assim como o atual ministro da Fazenda Eduardo Guardia, Paulo Guedes e o presidente eleito, defende a urgência da votação da reforma da Previdência. Bolsonaro quer que, pelo menos parte do texto, avance já no primeiro semestre de 2019. Segundo ele, há a possibilidade de aproveitar parte da proposta encaminhada pelo presidente Michel Temer. A prioridade, de acordo com Bolsonaro, é fixar a idade mínima.
O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para a Casa Civil, evita apostar em datas, mas mantém a expectativa de votação já no primeiro ano do futuro governo. Segundo ele, é necessário "consertar" o sistema previdenciário. De acordo com ele, não é justo deixar a Previdência atual para os filhos e netos e é preciso que o País seja capaz de criar um novo sistema.
Fatiamento da reforma não combate gastos, diz Guardia
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse ontem que o fatiamento da proposta de reforma da Previdência não permite ao governo combater o problema do aumento dos gastos públicos a ser enfrentado.
A possibilidade de fatiamento foi mencionada recentemente pelo próprio presidente eleito, Jair Bolsonaro.
"Evidentemente que cabe ao próximo governo conduzir o tema", ponderou Guardia, que defende a aprovação da reforma previdenciária tal como se encontra no Congresso. O ministro concedeu na manhã desta terça-feira entrevista à rádio CBN.
Segundo Guardia, não há alternativa ao ajuste das contas públicas e isso passa necessariamente pela reforma da Previdência uma vez que as despesas com aposentadorias e pensões não param de crescer. "Temos que enfrentar o gasto previdenciário, que não para de crescer", destacou ele, avaliando que a reforma que está no Congresso passa a ideia de um ajuste crível e que ajudará a acelerar crescimento econômico. De acordo com o ministro, o cenário com a reforma é o de um país que vai crescer mais e de forma sustentável.
Fonte: Jornal do Comércio
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