Conta engloba governos e estatais
O setor público consolidado –composto por governo federal, Estados, municípios e empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras–fechou o mês de outubro com superavit de R$ 7,798 bilhões. No mesmo mês do ano passado, as contas haviam ficado no negativo em R$ 84,754 bilhões.
O resultado, divulgado nesta 6ª feira (30.nov.2018) pelo Banco Central, contabiliza a diferença entre as receitas e despesas desses entes, sem considerar o pagamento dos juros da dívida pública.
O resultado positivo foi puxado pelo governo central, que apresentou superavit de R$ 10,197 bilhões no período. Os governos regionais tiveram resultado negativo, de R$ 3,089 bilhões. Já as empresas estatais, por outro lado, registraram superavit de R$ 690 milhões.
Quando incorporados os juros da dívida, o chamado resultado nominal, o resultado é negativo em R$ 6,107 bilhões. No mesmo mês do ano passado, o rombo era de R$ 30,494 bilhões.
RESULTADO ACUMULADO
Nos primeiros 10 meses do ano, as contas acumularam deficit primário de R$ 51,523 bilhões, o que equivale a 0,91% do PIB. No mesmo período do ano passado, o rombo havia sido maior, de R$ 77,352 bilhões (1,43% do PIB).
Nesse período, o governo central registrou deficit de R$ 66,340 bilhões. Já os governos regionais acumularam superavit de R$ 10,865 bilhões e as empresas estatais, de R$ 3,952 bilhões.
Já o histórico de superavits em outubro, com exceção de 2015, é explicado por tratar-se de 1 mês que concentra a arrecadação trimestral de impostos. Além disso, “está ampliado porque o INSS passou a pagar a primeira parcela do 13º salário dos beneficiários nos meses de agosto e setembro”, explicou Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central.
Em 12 meses, o rombo ficou em R$ 464,448 bilhões, o que equivale a 6,79% do PIB. A meta de deficit do setor público consolidado estimada pelo Banco Central para 2018 é de R$ 161,3 bilhões.
DÍVIDA PÚBLICA
A dívida líquida do setor público –balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais– subiu de R$ 3,544 trilhões em setembro (52,1% do PIB) para R$ 3,643 trilhões em outubro (53,3% do PIB).
Segundo o BC, “o efeito da valorização cambial de 7,1% no mês contribuiu para esse crescimento com R$ 87,5 bilhões (1,3 pontos percentuais do PIB)”.
Já a dívida bruta –que, ao contrário da líquida, não considera os ativos do país– caiu de R$ 5,247 trilhões (77,2% do PIB) em setembro para R$ 5,231 trilhões em outubro (76,5% do PIB). Esse é o cálculo utilizado em comparações internacionais.
Fonte: Poder360
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