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Moro aceita convite para superministério da Justiça de Bolsonaro

  • 01 de novembro de 2018
Magistrado alega que tomou decisão, após reunião de uma hora e meia com o presidente eleito, diante da 'perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, a lei e aos direitos'; segundo o juiz, 'na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior'
 
O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, aceitou nesta quinta-feira, 1, o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o superministério da Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O magistrado anunciou que vai implementar ‘forte agenda anticorrupção e anticrime’.
 
Pelo Twitter, Jair Bolsonaro confirmou Sérgio Moro na Justiça.
 
“O juiz federal Sérgio Moro aceitou nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda anti-corrupção, anti-crime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte!”
 
Na tarde desta quarta-feira, 31, a colunista Sonia Racy, do Estadão, antecipou que Moro aceitaria o convite de Bolsonaro porque assumiria um ministério da Justiça ampliado.
 
Em nota oficial, Moro comunicou publicamente que ‘para evitar controvérsias desnecessárias, desde logo afasta-se de novas audiências’. No próximo dia 14, o ex-presidente Lula seria interrogado por Moro no processo sobre o sítio de Atibaia – o petista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. A audiência, agora, deverá ser realizada pela substituta de Moro, a juíza Gabriela Hardt.
 
Moro destacou que ‘a Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais’. Moro conduziu a Lava Jato desde o início da grande operação, deflagrada em sua fase ostensiva em março de 2014, levando à condenação de políticos, empreiteiros, doleiros e administradores da Petrobrás.
 
Moro teve um encontro com Bolsonaro por cerca de 1h30, nesta quinta, na casa onde mora o presidente eleito, no Rio. Após a reunião, o magistrado chegou a deixar o carro onde estava para falar com a imprensa, mas, diante do tumulto no local, não fez nenhuma declaração.
 
O magistrado foi alçado ao patamar de símbolo nacional da luta contra malfeitos por sua atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Lava Jato, a maior operação contra a corrupção da história do Brasil. A grande popularidade fez com que o próprio magistrado fosse cotado como um dos possíveis candidatos a presidente da República nas eleições 2018.
 
Sergio Moro nasceu em 1º de Agosto de 1972 na cidade de Maringá, no Norte do Paraná. Filho de professores, formou-se em direito, no ano de 1995, pela Universidade Estadual de Maringá, a mesma onde o já falecido pai, Dalton, lecionava aulas de geografia. Odete Starki Moro, a mãe do futuro ministro da Justiça é professora aposentada. Moro é casado com a advogada Rosângela Wolff, com quem tem dois filhos.
 
A NOTA OFICIAL DE SÉRGIO FERNANDO MORO
 
“Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Publica na próxima gestão. Apos reunião pessoal na qual foram discutidas politicas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na pratica, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.
 
Curitiba, 01 de novembro de 2018.
 
Sergio Fernando Moro”
 
 
Fonte: Estadão
   
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