http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac93333,0.htm O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta segunda-feira que está confiante na aprovação da proposta de prorrogação da CPMF, que deve ser votada no plenário do Senado na terça-feira. Durante programa semanal de rádio, Lula disse que o governo continua disposto a negociar com a oposição para garantir a cobrança do imposto do cheque até 2011. "Eu acredito que ela será aprovada pelo Senado por duas razões. Primeiro porque eu acho que o senadores são responsáveis... e também porque eu acho que tem momento em que a gente faz debate, tem momento em que a gente discute, tem momento em que a gente faz oposição, mas tem um momento em que a gente vai votar", afirmou Lula durante o programa "Café com o Presidente". O governo vem enfrentado forte oposição dentro do Senado em relação à proposta que prorroga a vigência do imposto do cheque, tributo que garante cerca de 40 bilhões de reais ao ano para os cofres públicos. Senadores do DEM e do PSDB são os mais resistentes à proposta de prorrogação da CPMF, mesmo considerando as concessões já feitas pelo governo para garantir a continuidade da contribuição, como a redução gradual da alíquota do tributo --atualmente em 0,38 por cento-- e a isenção da cobrança para quem ganha até 2.894 reais por mês. Apesar da confiança, Lula afirmou que a disposição de votar a proposta na terça-feira não significa que o governo vai "para o tudo ou nada". "O governo está disposto a conversar... se alguém tiver proposta nova, que a faça, o governo vai estudar cada uma dessas propostas. O que é importante é que esse imposto tem que ser votado tal como ele foi aprovado na Câmara", disse Lula. A proposta de prorrogação da CPMF precisar ser aprovada em dois turnos no Senado até o fim do mês. Se isso não acontecer, o governo terá que interromper a cobrança a partir do início do próximo ano. Mesmo diante das dúvidas sobre as reais chances de aprovação da proposta, Lula disse que não trabalha com o possibilidade de ficar sem a CPMF a partir de 2008. "Confesso que eu não penso na possibilidade de não ter esse imposto." E insistiu: "O que é importante saber é o seguinte: os beneficiários da CPMF são as pessoas mais pobres do país". Fonte: Estadão
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