Reforma administrativa não tem mais data para ser enviada ao Congresso

Reforma administrativa não tem mais data para ser enviada ao Congresso

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Bolsonaro afirmou querer enviar um projeto que seja o “mais suave possível”

As pressões corporativistas e dúvidas sobre o melhor momento político colocaram em suspenso o momento de envio da reforma administrativa pelo governo federal ao Congresso.
 
De acordo com uma fonte da área econômica, depois de sucessivos adiamentos, não há mais uma data marcada para que isso ocorra, embora a intenção de mandá-la permaneça.
 
No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro disse que não há data para envio e nesta segunda-feira adicionou que ela “pode demorar um pouquinho”.
 
À tarde, contudo, amenizou o tom e disse que receberá uma nova versão do ministério da Economia, Paulo Guedes, com quem se reúne nesta terça e analisará a proposta.
 
Bolsonaro afirmou querer enviar um projeto que seja o “mais suave possível”. Na segunda, Guedes, e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, deixaram uma entrevista em que detalhavam o uso dos recursos do leilão de petróleo para discutir a reforma.
 
Dentre as medidas originalmente previstas pela área econômica está o fim da estabilidade para novos concursados, redução drástica no número de carreiras, bem como menor salário de entrada e maior distância entre início e fim da carreira.
 
Uma fonte da área econômica reconhece que também pode ter pesado para mais um adiamento do seu envio o fato de que, nas propostas de emenda constitucional (PECs) que tratam do pacto federativo, o serviço público já está sendo atacado com medidas de congelamento de reajustes, suspensão de promoções e cortes de salários, o que colocará um freio nessas despesas. Com isso, o ambiente político estaria mais reticente.
 
O deputado Professor Israel (PV-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, afirmou que o quadro de fato não favorece o envio da proposta ao Congresso.
 
“O ambiente na América Latina não permite que o governo não seja cauteloso”, afirmou. “Eu acho que a proposta não vem, ou, se vier, vem desidratada.”
 
Fonte: Valor Investe
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