O que temos vivenciado no Brasil nos últimos anos é um extraordinário agravamento da crise política nacional, devido a uma série de fatores. A temperatura política sobe, acirrando conflitos e segregando opiniões. A sociedade encontra-se dividida assim em duas porções, a das pessoas que pensam como nós (os bons, inteligentes e honestos) e a das que pensam diferente de nós (os maus, burros e corruptos).
Mas à flor dos fatos, “direita e esquerda”, “certos e errados”, “honestos e corruptos”, são dicotomias bastante vazias. Não predizem ações e muito menos tem capacidade de atuar por si só.
O processo histórico que originou o rompimento de consensos entre partes consideráveis da população, a ponto de por vezes se tornar uma questão de segurança pública, pode ter como um dos sintomas a crescente forma de vida alimentada pela hiperindividualização e pelo encolhimento do espaço público. A vida segregada desaprende o ato de ver o outro como ator político, e a invisibilização do outro é um passaporte para que a fantasia sobre quem pensa diferente comece a prosperar.
É aí que entra a importância do fortalecimento dos sindicatos. Fundamentado no pensar coletivo, o sindicato tem papel irreversível na concepção do mundo político e do trabalho como feito por todos e para todos. Outubro está próximo, e com as eleições, mais do que nunca, nós servidores, precisamos atuar com força para sermos melhor representados no cenário da política nacional e quebramos de vez este dualismo. Focar no que nos une e não no que nos segrega. Focar no bem comum e na defesa dos servidores e da manutenção das instituições é nosso objetivo, e sempre será.
Por mais difícil que seja, o Sindicontas está disposto a quebrar esta barreira de dualidade. Esta nova gestão está aqui para crescermos juntos. Aqui não há esquerda ou direita. Só há um caminho a seguir: EM FRENTE.
Comentários
Maury
Agora sim Presidente.