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A importância da presença feminina no serviço público

  • 20 de outubro de 2022

Na metade deste mês, a servidora Muryel Hey foi nomeada para o quadro de conselheiros-substitutos do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). Ela se tornou a primeira mulher a integrar o quadro de membros que substituem os conselheiros titulares, em mais de 75 anos de existência da Corte de Contas, ocupando a sexta vaga. Na ocasião, o presidente do TCE-PR, conselheiro Fábio Camargo, afirmou que a atual gestão sempre reconheceu a importância da participação feminina, destacando a nomeação como um momento histórico.

Este fato abre uma importante discussão a respeito da presença da mulher na gestão pública e, principalmente, os desafios que estas enfrentam após, ao longo dos anos, terem passado por diversas transformações quanto ao seu papel na sociedade e o contexto profissional em que estão inseridas. Um levantando divulgado pelo Atlas do Estado Brasileiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), demonstrou que as mulheres representam hoje quase 59% dos funcionários públicos brasileiros, sendo maioria em quase todos os níveis federativos – menos no federal, em que há grande número de militares – e nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

Apesar desses números e de o ingresso na administração pública ocorrer em sua maioria por concurso público, bem como existirem leis que proíbem a desigualdade salarial para a mesma função no Poder Público, ainda há uma grande diferença de remuneração entre homens e mulheres nestes espaços. De acordo com uma análise feita pela República.ORG com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2018, a média salarial de uma funcionária pública é 25% menor que o dos homens. Estes dados só reforçam as barreiras visíveis e invisíveis que muitas mulheres ainda enfrentam ao ocupar determinados cargos públicos, mas também dão destaque a como essa representatividade, ainda que repleta de desafios, podem modificar o comportamento da administração pública através de suas funções?

Fazendo um recorte deste mercado de trabalho, temos o controle externo, área de extrema importância para a transparência da gestão pública e bom funcionamento do atendimento às necessidades da sociedade, e que também conta com diversas profissionais que exercem funções como analistas ou auditoras. Neste sentido, também é interessante pensar qual o papel das mulheres neste setor e como estas servidoras podem incentivar políticas públicas que diminuam essa desigualdade de gênero que persiste em existir no funcionalismo público. Segundo a auditora de Controle Externo do TCE-PR, Talita Santos Gherardi, a desigualdade de gênero poderá ser reduzida à medida que se verifique a existência de critérios objetivos para a contratação de pessoal no serviço público, a observância da igualdade de salários entre homens e mulheres que exerçam as mesmas funções, e outras medidas que possam afastar o preconceito nas relações de trabalho.

A servidora e diretora de divulgação e eventos do SINDICONTAS/PR ainda destaca que a presença feminina ainda é reduzida em determinados setores da política e da gestão pública, mas que ter mulheres neste setor também é essencial. “Inicialmente, aquelas que entrem nesses espaços de baixa representatividade podem causar incômodo, e devem lançar mão da resiliência para que de fato façam parte, a despeito de eventuais movimentos contrários a sua presença. A presença feminina é importante para lançar um novo olhar diante da realidade, com mais sensibilidade perante as situações que exijam a intervenção e a ação governamental, afastando a violência e o extremismo”, finalizou

Considerando todo este cenário, é fato que a presença de mulheres é necessária não só no controle externo, mas em tantas outras áreas do setor público, e as abordagens mais modernas valorizam gestões que abraçam diferentes gêneros, especialmente, por trazerem diferentes visões de mundo, que podem agregar ao bom funcionamento dos mais diferentes setores. Diversos ainda serão os desafios a serem enfrentados pelas mulheres enquanto profissionais, mas também muitas já foram as conquistas, e o Poder Público só tem a ganhar ao contribuir com a redução do desequilíbrio entre homens e mulheres no serviço público.

 

 

   
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