Respeito à saúde pública | Aqueles que falam mal do SUS podem ter a certeza de que um dia vão precisar dele

Respeito à saúde pública | Aqueles que falam mal do SUS podem ter a certeza de que um dia vão precisar dele

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Matéria original: UOL

Fernando Torelly, CEO do HCor, disse em entrevista exclusiva na série UOL Líderes que "aqueles que falam mal do Sistema Único de Saúde podem ter a certeza de que um dia vão precisar dele". Ele lembrou também o orgulho dos brasileiros em mostrar as vacinas aplicadas em postos de saúde públicos.

Formado em ciências econômicas, com mestrado em administração de empresas, Torelly administra hospitais desde 1988. Durante sua carreira, atuou como vice-presidente administrativo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), superintendente do Hospital Moinhos de Vento e diretor executivo do Hospital Sírio-Libanês.

 

O chefe do HCor falou sobre a gestão da saúde suplementar, dos aprendizados durante a pandemia e da necessidade de considerar a indústria da saúde estratégica no país. Pediu também que os empresários invistam mais nos hospitais e Santas Casas de suas cidades.

UOL – Na sua opinião, a medicina suplementar do Brasil é satisfatória?

Fernando Torelly – A saúde suplementar é muito sadia, mas há algumas questões de marco legal que impedem que chegue a 100 milhões de brasileiros. Por exemplo, o meu plano e o da minha esposa têm cobertura para parto, mas já estamos na faixa de ter netos e não filho, mas precisamos pagar o pacote todo.

É uma discussão que tem avançado muito, mas ainda precisamos buscar alternativas para essas questões.

Lembrando que todos os 210 milhões de brasileiros têm acesso ao SUS [Sistema Único de Saúde] e alguns têm, além do SUS, a saúde suplementar. Nós todos fomos vacinados pelo SUS, e a maioria dos transplantes do Brasil é do SUS.

Aqueles que falam mal do SUS podem ter a certeza de que um dia vão precisar dele, e tiveram muito orgulho na hora de tomar a vacina fazendo isso no posto de saúde do SUS.

Como evitar as filas de atendimento dos próprios convênios de saúde?

Uma mudança fundamental é evitar que os quase 50 milhões de brasileiros que têm planos de saúde peguem suas carteirinhas e pulem de um médico para o outro, sem nenhuma gestão ou cuidado.

Outra questão importante são os históricos de saúde dos pacientes. Você não pode esperar que a pessoa hipertensa, diabética, obesa vá ao pronto-socorro e dois ou três anos depois tenha um infarto. Poderia ter evitado se as informações fossem gerenciadas.

Cada vez mais a área da saúde está focada em prevenção, medicina personalizada e preditiva.

 

 

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