Matéria original: Conjur
Imagem: G1
O ministro Bruno Dantas foi reeleito nesta quarta-feira (13/12) para a Presidência do Tribunal de Contas da União. Ele está no comando da corte desde julho do ano passado, quando assumiu o posto após a aposentadoria da ministra Ana Arraes. A Vice-Presidência do TCU será exercida pelo ministro Vital do Rêgo.
“Gostaria de agradecer a Vossas Excelências pela confiança que depositaram em mim e no eminente ministro Vital do Rêgo, que nos permitirá ficar durante mais um ano à frente de nossa importantíssima instituição”, afirmou o ministro em seu discurso.
Dantas listou uma série de marcas de sua gestão, como promoção de soluções consensuais; incremento na transparência da administração pública; incentivo à transformação digital da administração; e reforço do controle da responsabilidade fiscal.
Ele destacou também a mudança na arquitetura organizacional do TCU, citando como exemplo a criação de funções de coordenação de ações de controle e de núcleo de dados.
“Esse incremento de governança reflete no aumento da qualidade e na quantidade de dados disponíveis para controle externo. O nosso Labcontas é hoje um dos maiores e mais relevantes repositórios de informações governamentais para o controle do mundo”, afirmou Dantas.
O ministro destacou o aumento no percentual de mulheres na instituição e anunciou que vai reformular o modelo de trabalho para aumentar o engajamento dos servidores.
Trajetória
Dantas tem 45 anos e nasceu em Salvador. Foi nomeado ao cargo de ministro pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e assumiu o posto em agosto de 2014. É doutor e mestre em Direito Processual Civil pela PUC-SP e fez pós-doutorado em Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Antes de chegar ao TCU, foi consultor do Senado Federal, de 2003 a 2014. De 2007 a 2011, foi consultor-geral da casa legislativa. Também foi conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), de 2009 a 2011, e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre 2011 e 2013.
Dantas integrou a comissão do Senado responsável por elaborar o anteprojeto do Código de Processo Civil. Ele também presidiu a comissão da Câmara que criou projetos de aperfeiçoamento da gestão governamental e do controle da administração pública.
No ano passado, o ministro foi o responsável por organizar o grupo de auditores do tribunal que fiscalizou boletins de urnas de sessões eleitorais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Também atuou ao lado do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, em testes de integridade feitos nas urnas eletrônicas nas eleições de 2022.