Em tempos de instabilidade global, ruídos diplomáticos e disputas geopolíticas que desafiam a soberania dos países, torna-se ainda mais urgente reafirmar os pilares que sustentam nossa democracia. E um desses pilares, muitas vezes invisível à opinião pública, mas absolutamente essencial, é o serviço público.
Servidores e servidoras atuam cotidianamente na garantia dos direitos da população, na fiscalização dos recursos públicos, na proteção de políticas sociais e na estruturação de um Estado que funcione para todos — independentemente das turbulências políticas e econômicas que venham de fora ou de dentro.
A estabilidade do servidor público, por exemplo, não é um privilégio individual, mas uma garantia institucional de que decisões técnicas e imparciais prevaleçam sobre interesses circunstanciais. É o que permite que órgãos como os Tribunais de Contas atuem com independência, promovendo o controle e a transparência mesmo diante de pressões externas.
Nesse sentido, é dever de cada servidor lembrar que sua atuação está diretamente conectada à proteção da democracia. Defender o serviço público é, também, defender o Brasil — sua autonomia, sua Constituição e os princípios republicanos que regem o Estado de Direito.
Mais do que nunca, é hora de estarmos atentos aos movimentos que podem fragilizar nossa estrutura democrática e de reafirmarmos, com convicção, nosso compromisso com o interesse coletivo. O serviço público não pode ser tratado como moeda de troca em disputas ideológicas ou econômicas.
Que os servidores sigam vigilantes, unidos e conscientes de seu papel histórico. A democracia se fortalece com instituições sólidas, e instituições sólidas dependem de servidores comprometidos.
SINDICONTAS/PR – Em defesa do serviço público, da soberania e da democracia.