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Alta dos alimentos e da inflação é global, mas disparada é pior no Brasil

  • 14 de outubro de 2021

Matéria original: https://cutt.ly/PRyccHd

Os preços dos alimentos sobem no mundo inteiro e ajudam a impulsionar a inflação global. O Brasil não só não escapa desse movimento como a disparada é pior aqui, por uma série de fatores, como a alta do dólar. Uma pesquisa da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostrou que a inflação média esperada para o final de 2021 nos países do G20 é de 3,7%. Para o Brasil, a previsão de alta de preços é quase o dobro, de 7,2%, atrás só da Argentina (47%) e da Turquia (17,8%).

Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) costuma minimizar a questão interna e atribuir a alta de preços apenas a um contexto global. Na semana passada, Bolsonaro relativizou a crise ao dizer que a alta de preços acontece em todo o mundo. Ao comparar preços de produtos no Brasil e em outros países, como os Estados Unidos, afirmou.

“Tá reclamando que está alto aqui? Lá também está. Essa crise é no mundo todo. Não é só no Brasil.” Presidente Jair Bolsonaro

Por que alimentos estão mais caros no mundo?

Em setembro, o índice de alimentos da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) alcançou média de 130 pontos, alta de 1,5 ponto (1,2%) em relação a agosto e de 32,1 pontos (32,8%) em comparação com o mesmo mês de 2020. O resultado mensal, segundo a FAO, é o nível mais alto em uma década e foi impulsionado, em grande parte, pelos preços mais altos da maioria dos cereais e óleos vegetais.

Allexandro Mori Coelho, coordenador de graduação em economia da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), explica que a alta mundial dos alimentos acontece, por um lado, porque a oferta caiu, devido a fatores como condições climáticas.

A alta do preço do açúcar, por exemplo, é causada pelo temor de que geadas e o prolongamento da seca reduzissem a safra no Brasil, que é o maior exportador mundial da mercadoria.

Já a elevação do preço de óleos vegetais foi provocada por expectativa de queda da produção e pela retenção de reservas na Malásia como forma de compensar a redução de seus estoques. O aumento do preço de cereais, principalmente trigo, foi devido às expectativas de safras menores nos principais países exportadores (Estados Unidos, Canadá, Rússia, entre outros).

Mas também existe outro fator importante. A procura por produtos aumentou com o controle da pandemia e a retomada das atividades econômicas em vários países.

Por que no Brasil é pior?

No entanto, no Brasil, o impacto tem sido pior, em função de vários outros fatores. Os alimentos acumulam alta de 14,66% em 12 meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com destaque para açúcar (44%), óleo de soja (32%) e carnes (25%).

André Braz, economista do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), explica que os preços dos alimentos subiram no Brasil em função da valorização de muitos deles nos mercados internacionais. "O mundo está aquecendo, e os preços do milho, da soja e do trigo subiram muito em Bolsas internacionais, como commodities importantes."

Outro fator que justifica o aumento é a disparada do dólar. A moeda norte-americana subiu 29,33% em 2020 e já acumula alta de 6,33% neste ano, sendo vendido acima de R$ 5,50.

O economista explica que esse aumento das exportações, positivo para a balança comercial (vendemos mais ao mercado externo e ganhamos dólares por isso), torna-se um desafio a mais para a inflação, porque desabastece o mercado brasileiro. "Quanto mais o Brasil exporta, menor a disponibilidade de produtos internamente e, pela lei da oferta e da procura, os preços acabam subindo.

O dólar alto puxa não só o preço dos alimentos, como o dos importados e de produtos ligados a cotações internacionais, caso dos combustíveis e do gás de cozinha. Tudo isso contribui para puxar a inflação, como um todo.

 

 

   
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