PT apresenta projeto para limitar supersalários de funcionários públicos

PT apresenta projeto para limitar supersalários de funcionários públicos

em depoimento à pf, lindbergh farias (pt rj) fala sobre investigação de ameaças de eduardo bolsonaro (pl sp) ao stf. lindbergh acusa o deputado de 'usar uma potência estrangeira para tentar proteger seu pai'. | sérgio lima/poder360 02.jun.2025
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Matéria original/imagem: Poder 360

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta 3ª feira (15.jul.2025) o PL (Projeto de Lei) 3401 de 2025, que visa a impedir a existência de supersalários no funcionalismo público. O objetivo é limitar o pagamento de “penduricalhos” –benefícios e vantagens financeiras adicionais que não aparecem como um salário de fato, mas que engordam as remunerações finais.

O texto propõe que, somados todos os benefícios, nenhum funcionário público poderá receber acima do limite constitucional. O teto será o subsídio mensal dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), atualmente em R$ 46.366. Para os Estados, será a remuneração de governadores e deputados estaduais (ou distritais). Nos municípios, o de prefeitos. A proposta segue para análise de comissões temáticas na Casa.

O projeto determina que haja exceções para pagamentos de natureza indenizatória, como auxílio-alimentação e diárias.

Entram no cálculo do teto:

– subsídios, proventos, pensões, vantagens pessoais e bônus;
– qualquer pagamento fixo ou variável, mesmo que recebido de mais de um cargo ou órgão;
– pagamentos em atraso ou ganhos via decisão judicial;
– jetons (ex: participação em conselhos de empresas estatais).

Tudo isso é somado e não pode ultrapassar o teto fixado.

Só ficam de fora se forem indenizações legítimas previstas em lei, como:

  • terço de férias;
    auxílio-alimentação; diárias;
    auxílio-moradia (se mudar de cidade a trabalho);
    transporte, fardamento, invalidez.

Ou seja, a proposta coloca todas as remunerações no mesmo pacote, e o valor não pode passar do limite do teto. Na justificativa, Lindbergh Farias afirma que o projeto “é uma resposta à sociedade, que exige justiça e transparência no serviço público”.

O texto também sugere a criação de um portal nacional de remunerações e o estabelecimento de auditorias periódicas. “Transparência e fiscalização permanente são fundamentais para manter a confiança da população no poder público”, diz.

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