Parentes de políticos são mais de 30% da cúpula dos tribunais de contas

Parentes de políticos são mais de 30% da cúpula dos tribunais de contas

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Matéria original/imagem: UOL

Barbalho, Requião, Calheiros e Santana. Você provavelmente já ouviu falar desses sobrenomes. Influentes na política brasileira, essas famílias têm perpetuado seus clãs pelos tribunais de contas do país.

Levantamento inédito do UOL identificou que mais de 30% das cúpulas das cortes de contas do país são compostas por parentes de políticos. São pais, filhos, sobrinhos, maridos e esposas em cargos que dão poder, altos salários e prestígio.

A reportagem levou cerca de um mês para mapear o histórico familiar dos conselheiros. Identificou os vínculos em redes sociais, discursos de posse, biografias, processos judiciais, homenagens e até projeto de lei.

UOL levou em consideração o parentesco dos conselheiros, mas nem todos foram colocados nos cargos pelos políticos aos quais estão vinculados. Por vezes, as assembleias legislativas assumem como delas as nomeações de parentes de políticos.

A psicopedagoga Onélia Santana, mulher do ministro da Educação, Camilo Santana, por exemplo, chegou ao TCE-CE em dezembro de 2024 por indicação da própria casa legislativa do Ceará.

Os laços de família estão espalhados pelas cinco regiões brasileiras. No Paraná, um irmão do ex-governador Roberto Requião reassumiu o cargo de conselheiro do TCE-PR em 2022, após anos afastado da cadeira, por suspeita de nepotismo na nomeação.

Agora, Maurício Requião pode receber uma bolada milionária em salários e retroativos da corte de contas. SINDICONTAS/PR seguirá firme ao lado da categoria.

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