E a famigerada audiência do ministro da Economia Paulo Guedes gerou polêmica, como era previsto, além de, mais uma vez, frustrar servidores e parlamentares, na CCJ, no dia 11 de maio. Foram mais de três horas que Guedes falou sobre governos anteriores, assuntos passados, mas não respondeu as perguntas pertinentes como a denúncia ao apoio a parlamentares aliados. Guedes, (pasme! ironicamente) voltou a criticar o funcionalismo e disse que “servidores são militantes” e alguns têm “20 carros”.
Essa postura de Guedes só reforça o quanto é preciso ir contra a PEC 32, pois a fala do ministro é de que não vai afetar os atuais servidores e seus direitos e é fruto de amplo debate. Porém, não é a realidade. Os servidores solicitam desde ano passado que sejam apresentados os cálculos que amparam a PEC 32 e até agora, nada foi mostrado.
Guedes defende a ideia da meritocracia, que os salários devem ser compatíveis com a realidade e que boas avaliações podem dar salários melhores. Tanto na teoria quanto na prática, não é a forma ideal, muito menos sem ter garantida a estabilidade. E qual seria, então, esta realidade que Guedes cita?
Foram várias as provocações de Guedes ao parlamento, em que declarou caber ao Congresso acabar com os supersalários. Guedes ouviu do deputado Paulo Teixeira que é o “ministro da morte” e a audiência foi finalizada em clima de confusão entre a oposição e a presidente da CCJ Bia Kicis.
Qual a lição de tudo isso que o ministro da Economia falou e fala há tempos, sempre com descaso e desrespeito ao citar os servidores? Que, acima de tudo, é preciso barrar a PEC 32, que não há benefícios, e sim, é um desmonte, um projeto que visa tirar direitos conquistados com muita luta, irá gerar uma queda brusca na qualidade do serviço público e, automaticamente, na qualidade do trabalho de todos os servidores. Além de propiciar ainda mais espaço para corrupção, que, em dias atuais e principalmente em meio a uma pandemia, se faz cada vez mais presente.
O SindiContas/PR tem como objetivo sempre buscar melhorias para os servidores, avançar nas conquistas, incentivar os trabalhadores a não desistirem de ser direitos e defende com unhas e dentes os benefícios já conquistados. Não é possível retroceder. É preciso uma caminhada juntos para que não aconteça este desmonte, sem precedente e inconstitucional.