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PEC 32

Palavra do Presidente

Agora é pra valer

  • 18 de fevereiro de 2021
Presidente

A cada dia que passa, torna-se mais desafiador o período da quarentena para todos nós, seja no âmbito pessoal, profissional, da sociedade como um todo. Muito se vê nos noticiários sobre questões de problemas nos serviços essenciais, como saúde, educação, meio ambiente, segurança, em que todos estão relacionados a algum órgão público e seus servidores.

Com a proposta da reforma administrativa, a qualidade destes serviços essenciais corre sério risco de ter queda brusca na qualidade, precarização do trabalho, aumento de custos com pessoal e o famoso apadrinhamento de cargos.  A ideia de que a reforma traz benefícios e seria uma solução para os atuais problemas é ilusória, pois uma das principais conquistas da classe é justamente a estabilidade, e esta, não será mais um direito do servidor.

Aos leigos, pode parecer apenas um benefício de não ser mandado embora e pronto.Porém, vai muito além, pois se trata de o trabalhador não sofrer assédio moral por não concordar em fazer parte de atos corruptos e acima de tudo, ter autonomia para denunciar sem perder seu cargo ou ser penalizado por isso. Em linhas gerais, ao analisar a atual situação do país frente à pandemia, podemos ver que os avanços e conquistas estão diretamente ligados aos servidores públicos, ao: realizar estudo sobre a vacina e testa-la, viabilizar a produção e por fim, a aplicação, por exemplo.

Outro setor que foi pego de surpresa e teve que se adaptar do dia para a noite foi a educação. Professores tiveram que dar aula de forma remota, muitas vezes sem a estrutura ideal, sem falar nos alunos, que em grande parte da rede pública, nem acesso à internet têm. Todo esse processo depende também da segurança pública para que nada fuja do controle, equipe multidisciplinar nos hospitais e UPAs para atendimento via SUS composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, a necessidade de transporte, atendimento domiciliar nos casos de pacientes acamados e também como uma forma de aliviar a superlotação nos hospitais devido ao Covid-19.

E se todo esse processo fosse terceirizado, com funcionários temporários, que não tem autonomia para requerer nenhum direito, pois é altamente substituível em apenas uma canetada, sem falar na alta rotatividade de trabalhadores e sem nenhum benefício. Vale a reflexão de como seria se a reforma administrativa estivesse ativa e como geraria um impacto imensurável na qualidade do sistema como um todo. É preciso dizer NÃO à proposta do atual governo para a reforma administrativa, pois o reflexo disso tudo eu, você e todos nós sentiremos na pele. A luta tem que continuar.

 

“Coragem e trabalho, colegas, vamos juntos, enfrentar, mais uma vez, uma batalha que vale a pena ser lutada.”

 

Abraços a todos e a cada um,

Luiz Tadeu Grossi Fernandes

Presidente do Sindicontas-PR

 

   
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