Do portal da Rádio Banda B
A Justiça concedeu à direção da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no início da manhã desta quarta-feira (11), uma ordem de reintegração de posse do prédio ocupado por manifestantes ligados à APP-Sindicato desde a tarde desta terça-feira (10). Um oficial de justiça estaria tentando notificar o comando geral de greve da APP sobre a ordem de reintegração. A informação foi repassada pela assessoria do deputado estadual Requião Filho (PMDB).
A APP não confirma a notificação até o momento. “Queremos o diálogo e nenhum tipo de força. Nossa ocupação foi pacifica e esperamos que o governo venha dialogar com a gente. Até o momento não fomos notificados de nenhuma reintegração de posse”, disse há pouco o secretário de comunicação da APP, Luiz Fernando Rodrigues.
Policiais militares cercam o prédio da Alep a espera de orientação sobre como agir. A direção da Assembleia já informou que, desde o início, quer evitar o confronto com os manifestantes. Uma reunião de líderes deve acontecer nas próximas horas para definir de que forma os trabalhos na Casa irão ser retomados.
O plenário e alguns corredores da Alep foram ocupados no final da tarde de ontem, no momento em que centenas de servidores derrubaram a cerca do local e invadiram em massa as instalações. Os deputados tiveram que correr para uma sala anexa e ficaram acuados por cerca de 20 minutos, até a Polícia garantir a saída de todos do plenário.
Os servidores passaram a noite no plenário e garantem que só saem se o governo retirar da pauta os projetos que preveem mudanças no funcionalismo. O sistema de ar condicionado foi desligado e o calor é grande dentro do prédio.
Oposição
A bancada de oposição já informou que irá nesta manhã entrar na Justiça contra a votação de comissão geral feita ontem. Por 34 votos a 19 os deputados aprovaram a votação em regime de urgência, o que, segundo a oposição, vai contra o regulamento da Casa.
Comandados pelo deputado Nereu Moura (PMDB), os oposicionistas vão ingressar com um mandado de segurança pedindo a suspensão da sessão de ontem.
Os projetos do governo Richa, o chamado “pacotaço”, prevê, entre outras coisas, a extinção do fundo previdenciário de R$ 8 bilhões da Paraná Previdência. Um acordo feito na noite de segunda-feira com os deputados da base garantiu o recuo do governo em três itens: manutenção do anuênio e do qüinqüênio dos servidores, manutenção do auxílio-transporte mesmo durante férias e licenças, e a permanência do Plano de Desenvolvimento da educação (PDE), nos moldes atuais. Mesmo assim, as mudanças não foram suficientes para convencer a categoria sobre a necessidade da aprovação dos projetos que incluem, segundo os governistas, medidas de austeridade para reequilibrar as contas do estado.
fonte: Zé Beto
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