O governo federal arrecadou R$ 110,855 bilhões em junho, o que representa uma alta real (descontada a inflação) de 3,09% em comparação com maio. Esse é o melhor resultado desde 2015, segundo informações da Receita Federal, que divulgou o relatório na manhã desta terça-feira (24/7).
A arrecadação foi levemente acima do que o mercado esperava para junho (R$ 111,289), segundo o Prisma Fiscal -- documento com estimativas do mercado, divulgado mensalmente pelo Ministério da Fazenda. No primeiro semestre do ano, os ganhos do governo federal foram de R$ 725,438 bilhões, também o melhor dado desde 2015. No acumulado de 12 meses, o governo federal obteve R$ 1,408 trilhões -- alta real de 3,57% em comparação com o mesmo período medido em 2017.
Em junho, ajudou a arrecadação o Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), mais conhecido como Refis. Essa foi uma iniciativa do Executivo para dar descontos e parcelar dívida de empresas inadimplentes. Com os benefícios para o pagamento, os contribuintes desembolsaram R$ 976 milhões em junho.
A tributação do PIS-Cofins sobre os combustíveis também permitiu ganhos de R$ 2,524 bilhões. Há exatos um ano, o governo federal aumentou as alíquotas da contribuição para melhorar os resultados das contas públicas.
Somados os cálculos do Refis e do PIS-Cofins sobre os combustíveis, que se configuram em "fatores não recorrentes", a Receita Federal obteve R$ 3,501 bilhões.
Apesar da contribuição, os ganhos com o PIS-Cofins tendem a piorar com a iniciativa do governo federal em zerar a alíquota do imposto, atendendo demandas de caminhoneiros, que realizaram uma greve no final de maio.
Primeiro semestre
Segundo a Receita Federal, o Refis possibilitou entrada de R$ 13,511 bilhões em recursos de janeiro a junho. Além disso, o PIS-Cofins sobre os combustíveis resultou em ganhos de R$ 15,28 bilhões no período.
Também foi importante a atuação da Receita Federal para coibir contribuintes irregulares. A ação permitiu ganhos de R$ 53 bilhões no semestre, o que representa um aumento de 13,3% em relação a janeiro a junho de 2017.
Fonte: Correio Brasiliense
Comente esta Notícia