No âmbito da gestão pública, o servidor atua como elo entre o Estado e a sociedade e, para que esta relação seja eficaz e atinja as necessidades da população, é preciso que esses profissionais tenham a compreensão das diretrizes e políticas que constituem as suas funções, bem como sejam motivados profissionalmente como parte fundamental dos mais diversos setores públicos.
Mesmo em muitos casos não recebendo a devida valorização, o setor público reúne muitos dos profissionais mais dedicados e inspiradores do Brasil. Mas será que o servidor público tem consciência da importância que possui perante a sociedade? Ou quais os múltiplos aspectos que englobam as suas funções em uma época que está em constante transformação? São esses questionamentos que também relevam como resgatar a complexidade do papel dessa categoria, mais que nunca, torna-se um desafio árduo, mas necessário.
O fato é que, atualmente, nenhum outro agente tem tanta abrangência, legitimidade e capilaridade para atender e lidar com os diversos problemas sociais quanto o serviço público, pois sua principal referência está em atender e cuidar do que é de todos. Neste cenário têm-se os auditores, técnicos e auxiliares de controle externo dos Tribunais de Contas, que exercem uma atividade indispensável à democracia e às ações governamentais. Passando por uma mudança de concepção diante dos novos tempos, os servidores públicos dos TCE’s direcionam o foco para o presente, a fim de modernizar a própria atuação na realização de auditorias e, assim, ampliar e promover o controle externo em seu mais alto nível para o bem-estar social.
Além disso, os novos tempos exigem que os Tribunais de Contas trabalhem para que seus servidores sejam cada vez mais fortalecidos, capacitados e efetivamente treinados para orientar não só seus jurisdicionados, mas também a população, sobre a correta atuação do Poder Público em prol da coletividade. Este importante papel do corpo profissional das Cortes de Contas revela outro ponto fundamental, que é o fato de não haver serviço público sem servidores e, uma vez que este mostra comprometimento com o trabalho é inquestionável a relevância de sua atuação, especialmente, diante dos novos tempos, que exigem uma administração pública atenta às competências da transformação digital e que proporcione ao seu quadro de funcionários um desenvolvimento acelerado visando a adaptação e inovação dentro do setor público.
Neste sentido, seria primordial que o atual governo corrigisse eventuais distorções que ainda persistem nas carreiras públicas, criando ferramentas de acompanhamento, engajamento e gestão de desempenho dos servidores públicos, prezando sempre por profissionais que além das competências necessárias as suas funções, possuam o espírito público na hora de prestar atendimento à população.
Além disso, essa necessidade de se adequar aos novos tempos e o aumento das demandas socioeconômicas só reforçam o quanto o Estado deve observar e voltar sua preocupação em relação ao debate de atendimentos cada vez mais humanizados e de qualidade, que se baseiem na representatividade das necessidades da coletividade e, consequentemente, construam trocas mais solidárias entre gestores, servidores e usuários do funcionalismo público.
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