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Camilo Onoda Caldas fala sobre democracia e neofascismo em palestra do SINDILEX

  • 29 de setembro de 2022

O professor Camilo Onoda Caldas, filósofo, doutor em Direito pela USP e pós-doutor em Democracia e Direitos Humanos, participou da palestra e debate “Democracia em crise e o neofascismo”, que foi promovida pelo Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (SINDILEX), durante a última terça-feira (27).

O palestrante iniciou a sua fala no evento alertando sobre a ascensão do neofascismo e o desafio que as entidades sindicais terão futuramente, que será retomar a capacidade de diálogo com suas bases para, assim, conseguir lutar contra esse e outros tipos de ideologias que tentam ingressar na gestão político-social. “Essa ascensão do neofascismo se dá não de uma forma aleatória, mas porque existiu espaço que tornou isso possível e ela está baseada em uma frustração que as pessoas têm com a economia e com o Estado”, disse Camilo Onoda Caldas.

Caldas ainda destacou que, atualmente, as pessoas têm uma sensação de que o processo eleitoral e eleger representantes não traz mais o resultado de melhoria de qualidade de vida esperado por todos. “É nítido que a democracia representativa demonstra um desgaste e, ao mesmo tempo, é bastante nítido que a economia no século XXI entrega condições piores às pessoas do que já existiu anteriormente”, ressaltou.

Segundo ele, no campo econômico seja na esfera pública ou privada, o nível de insatisfação das pessoas é crescente, considerando um contexto em que cada vez mais o capitalismo produz mais riquezas. “A tecnologia tem aumentado, mas as condições de trabalho das pessoas nas duas esferas só têm piorado e esse elemento de frustração, somado ao ponto de vista político de que as eleições não conduzem a uma transformação significativa, deram margem para a ascensão desses movimentos neofascistas e esse sentimento se traduz na tentativa de encontrar alguém que possa resolver isso”, constatou Camilo Onoda Caldas.

O palestrante ressalta que o discurso neofascista promete uma redenção econômica e também política ao dizer que é contra o sistema e que vai trazer algo de alternativo e novo para o país, no entanto, as suas propostas são altamente equivoca e inviável. “Eles têm uma capacidade de comunicação muito bem alinhada e que consegue mobilizar as pessoas e convencê-las de que eles são de fato um caminho para a solução dos dramas que essas pessoas vivem cotidianamente. A questão é as pessoas entenderem como podem realizar a mudança de realidade que vivem no país”, destacou.

No decorrer da palestra, o professor ainda pontou que o neoliberalismo não é apenas uma ideologia, pois está materializado em certas práticas sociais, além de ter uma característica antisindical. Segundo Caldas, nesse contexto, nós temos um conjunto de dados da realidade que vão favorecendo uma fragmentação das pessoas, o que faz com que elas não se articulem em determinados grupos para se engajar na luta política. “É necessário que tenhamos o papel de mostrarmos que podemos ter um outro rumo e outra perspectiva além do neofascismo”, afirmou o palestrante.

O especialista concluiu a discussão aconselhando as pessoas e, principalmente, os dirigentes sindicais há compreender que as formas tradicionais de comunicação mudaram e que é preciso ocupar os espaços criados por meio das tecnologias digitais para que seja construída uma nova realidade socioeconômica no país, bem como para as classes trabalhadoras, desta forma, não uma dificuldade significativa na luta política pela transformação na vida das pessoas. Ele ainda ressaltou que a sociedade não pode se frustrar com as sucessivas decepções que o mundo da política, da organização e da luta social trazem, principalmente considerando o avanço do neofascismo.

“Eu diria que nós precisamos manter essa resistência, atualizar as formas de diálogo e de comunicação para tentar desvendar problemas complexos na sua devida profundidade e ao mesmo tempo trazer de forma generosa uma comunicação para as pessoas. O que nós não podemos fazer é sucumbir as inúmeras agressões que esses grupos nos fazem cotidianamente”, finalizou Camilo Onoda Caldas.

 

   
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