Matéria original/imagem: Poder 360
Líderes de categorias do funcionalismo público têm se articulado para eleger uma bancada forte nas eleições deste ano em diversos cargos no Legislativo.
De olho na defesa dos interesses, avaliam que o campo da disputa para manter ou melhorar os benefícios da categoria está no Congresso e nas assembleias legislativas. Por isso é necessário ter forte representação.
Parte da reforma da Previdência foi elaborada pelo Executivo federal, mas teve que passar pelo Legislativo federal e estaduais até ser implementada por completo.
Sem uma bancada identitária, muitos dos grupos ficaram sem força para representar seus interesses, avaliam. Para a próxima legislatura haverá forte debate em torno da reforma administrativa.
O Poder360 mapeou que funcionários públicos com forte liderança de classe vão disputar as eleições deste ano com essa proposta.
Representando a Receita Federal, o ex-presidente do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita) Kleber Cabral (Podemos-SP) vai tentar um cargo na Assembleia de São Paulo.
“O Fisco em especial quase não tem representantes e temos muito a contribuir com os temas tributários, na busca de uma nova relação Fisco – Contribuinte”, disse.
“Tínhamos o Major Olímpio e o Arnaldo Faria de Sá que, cada um à sua maneira, eram ícones na defesa do serviço público. Infelizmente perdemos esses 2 grandes homens públicos”.
George Souza, que foi diretor do Sindifisco, vai tentar uma vaga na Câmara Federal pelo MDB em Brasília.
Outro grupo que busca maior presença no Legislativo são os policiais. Flávio Werneck buscará ser deputado federal pelo União em Brasília Ele é vice-presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), diretor da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) e ex-presidente do Sindipol (Sindicato dos Policiais Federais) no Distrito Federal.
Na avaliação dele, a reforma administrativa, a PEC 32, vai avançar seja qual for o próximo governo. “O serviço público precisa de representação no Legislativo. Temos uma faca no pescoço”.
Werneck diz que, do lado da segurança pública, é necessário fazer um debate mais qualificado no Legislativo. “O Brasil não tem uma estrutura de segurança pública do século 21. Mas do século 17, de Dom Pedro I”.
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