A Coordenação do FES - Fórum Estadual dos/as Servidores/as e demais entidades Sindicais, esteve reunida com o Governo na data de hoje, 19, durante um ato público que reuniu milhares de servidores/as na “Praça Vinte e Nove de Abril”.
Frustrando a expectativa dos servidores que aguardavam à sua porta, o governo nada propôs além do já anunciado 5% de reajuste, parcelado em duas vezes, sem dizer quando vai implantar em folha e sobre o que o índice incidirá.
O Secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, pediu "compreensão", pois o governo precisa "pagar os seus fornecedores". Quer dizer, conforme demonstrado pelo FES há condições de zerar a inflação aos servidores/as, a questão é que a decisão política do Governo é chamar os servidores/as para “pagar seus fornecedores”, o que, não nos diz respeito, e não pagaremos. Não somos responsáveis pelo rombo, tanto pelo fato da gestão não ser nossa e o rombo não ser em decorrência de gasto com pessoal, como bem ficou demonstrado na reunião, de nossa parte.
O FES rejeita os 5%, o terceiro pacote de maldades, e orienta as categorias à greve geral. Exigimos o reajuste mínimo previsto em lei de 8,17%, sobre todo o conjunto remuneratório e em parcela única.
Na reunião reiteramos também o nosso repúdio ao Governo pela afronta ao nosso direito de greve, com ameaças de desconto dos dias parados, processos contra diretores/as, e a falta de efetivo diálogo com as categorias.
O FES contradisse também a nota do Governo que divulgou na imprensa que os/as servidores/as estaduais tiveram aumento real nos últimos anos. Isso não é verdade. Algumas categorias, isoladamente, tiveram corrigidas defasagens históricas em suas gratificações. Fora
disso, desde que instituída a data base, tivemos um reajuste em 2007 (5%), 2008 (6%), 2009 (5%), 2010 (5%), 2011 (6,5%), 2012 (5,1%), 2013 (6,49%) e 2014 (6,28%), nada além do IPCA.
Deixamos claro também que sempre estivemos e estamos abertos ao diálogo, o Governo, porém, apesar da disposição do Líder do Governo na ALEP em propor uma saída para o impasse, insiste na postura de ditador, não esclarece sua proposta, não atende os trabalhadores/as, e condiciona a negociação ao fim das greves, um direito legítimo dos servidores/as.
As greves serão ampliadas. As categorias farão novas assembleias, greves, atos e acompanhamento no Legislativo em defesa de seu legítimo direito, a recomposição de seus salários tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, em parcela única, aplicado sobre todo o conjunto remuneratório do conjunto dos servidores, conforme previsto na Lei n° 15.512, de 31/05/2007, que instituiu o mês de maio como data base para revisão geral anual dos vencimentos das carreiras estatutárias do Poder Executivo do Estado do Paraná.
Comentários
Zeni Ferreira Castilho
Atitude mais coerente, não pode ter. Parabéns!