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Hospitais particulares fecham PA por superlotação

  • 04 de março de 2021

Atendimentos de emergência ficam suspensos por falta de leitos Covid

O Hospital Marcelino Champagnat atingiu sua capacidade máxima de ocupação na tarde desta terça-feira (2). “Devido ao aumento expressivo do número de casos de Covid-19 na cidade de Curitiba, o Pronto Atendimento está atuando com uma alta demanda, com fluxo de ocupação oscilando muitas vezes ao longo do dia. Em alguns momentos, o serviço atinge a capacidade máxima instalada e, por esse motivo, o atendimento precisa ser suspenso por algumas horas”, diz a instituição em nota.

No Hospital Nossa Senhora das Graças, o atendimento no PA foi retomado hoje à tarde, mas permanecia suspenso desde ontem (2). “Fizemos um fechamento parcial pra poder dar conta da internação dos pacientes no PA e pacientes graves que já estavam dentro do hospital, pois temos a necessidade de atender quem tá dentro e não tínhamos mais vaga de UTIs”, afirma Flaviano Ventorim, diretor-executivo do hospital, que tem 50 leitos exclusivos para Covid-19, sendo 35 na Enfermaria e 15 na UTI.

O Hospital Evangélico Mackenzie confirma que também está com todos os leitos Covid ocupados: são 48 na Enfermaria e 43 na UTI. Apesar da lotação de 100%, o PA não chegou a fechar para atendimentos de procura direta, mas precisou suspender ontem o recebimento de ambulâncias pela Central de Regulação de Leitos, da Prefeitura, que encaminha casos graves das UPAs.

No Hospital Nossa Saúde, a ocupação dos leitos de enfermaria e UTIs oscila entre 95% e 100%, mas os dois PA (um em Curitiba outro em São José dos Pinhais, na RMC) ainda não chegaram a fechar. A instituição diz que tem atendido vários casos graves de pacientes com coronavírus, muitos deles jovens. Há insumos, porém os profissionais estão esgotados, apesar das novas contratações. Cirurgias e consultas eletivas estão suspensas.

No Pequeno Príncipe, especializado no atendimento infantil, o PA não teve problemas, já que não faltam leitos. No entanto, o número da média mensal de atendimentos de casos suspeitos subiu de 162, em 2020, para 420 em janeiro e fevereiro. O número de casos confirmados foi de 145 em 2021, quase a metade do registrado durante todo o ano passado, que foi de 311.

Carnaval e novos casos

Flaviano Ventorim, que também preside o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Paraná (Sindipar) e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Paraná (Fehospar), destaca que a demanda no serviço privado é muito semelhante ao público.

“Tanto no SUS atendido pelo público como pelos filantrópicos, a demanda está alta e percebemos depois do Carnaval. Passamos um período melhor no fim do ano, mas no Carnaval, pela quantidade de festas e viagens, junto com a nova variante do vírus, não sabemos se escola interferiu também, as aglomerações fizeram com que aumentassem muito os números [de casos e internações]”, percebe. “O que assusta é o número de novos casos diários.”

Somente neste 3 de março, Curitiba registrou 892 pessoas contaminadas pela Covid-19, sendo 19 mortes em decorrência da doença. “Paciente de Covid fica muitos dias, 10, 20, 60, e à medida que casos novos vão acontecendo as UTIs vão enchendo e não esvazia rápido”, alerta o diretor. “Fechamos o PA por algumas horas pra ter fôlego e fazer girar o leito, ter alta pra internar outro paciente. Tentamos substituir leitos, mas não temos UTI. Não adianta encher de enfermaria de Covid pois muitos vão morrer sem UTI.”

Leitos, equipes e medicamentos

Na Rede Pública, a Prefeitura de Curitiba já anunciou que não há para onde expandir mais leitos. Na Particular, a expansão também é complexa, “pois cada hospital tem uma estrutura e não se pode colocar os pacientes Covid em qualquer andar, é preciso isolar e essa é a dificuldade; pra ampliar leito de covid não é só internação”.

Ventorim lembra que, em média, a cada 10 pessoas internadas com coronavírus, duas vão pra UTI. “Para um leito intensivo, eu preciso de cama, respirador, monitores, bombas de infusão, pessoal, que inclui enfermagem, fisioterapeuta e médicos para atendimento intensivo, então não é uma conta fácil. Pra uma UTI, preciso no mínimo de sete técnicos de enfermagem, um fisioterapeuta, um médico de plantão e um internista, isso por turno, vezes quatro. É muita gente que tem que contratar, e não tem pois já está todo mundo trabalhando, e exaustos.”

Com relação à falta de medicamentos e anestésicos para intubação – o que já vem acontecendo em algumas regiões do Brasil -, Flaviano diz ainda há estoque, o que pode mudar em breve. “Como a demanda aumentou em todo o país, é possível que hospitais com menor poder de compra tenham dificuldade nestes medicamentos, críticos desde o início da pandemia, como anestésicos e relaxantes neuromusculares.”

 

Fonte: Jornal Plural

   
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