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E a vacina, quando chega? Com sorte, ainda em 2020

  • 29 de julho de 2020

Enquanto o distanciamento social continua, as empresas lutam para não quebrar e o atrito com as pessoas que negam a seriedade do Covid-19 permanece, uma benéfica corrida para a elaboração da vacina avança a passos largos, com iniciativas sendo realizadas em laboratórios de, pelo menos, cinco países diferentes, todas elas em estágios avançados de testes em humanos. Ao que parece, será possível ter uma vacina completamente testada até o final de 2020, caso isso ocorra, será a vacina desenvolvida mais rapidamente na história da humanidade; o recorde, até o momento, pertence à vacina da Caxumba, com tempo total de quatro anos desde o início das pesquisas até a comercialização. Criar a vacina da Covid-19 em tempo recorde a cada dia parece mais possível, devido à ampla competição ao redor do mundo incentivada pela pandemia, mas também graças a estudos prévios realizados anos atrás na China, quando uma epidemia semelhante, a SARS, alastrou-se no país.

Segundo a agência de saúde da ONU, são 164 pesquisas em desenvolvimento em todo o mundo, com 25 delas em estágio clínico, mas apenas cinco na Fase 3, que é a última fase antes do licenciamento para comercialização. A partir desta semana milhares de testes estão sendo realizados em brasileiros com diferentes vacinas. O Brasil é um dos países que tem maior foco para os testes, pois na Fase 3, testa-se a imunização dos pacientes em ambientes onde o vírus está amplamente ativo. Confira, abaixo, um detalhamento sobre o estágio atual de cada uma das cinco pesquisas mais avançadas.

Sinovac (China)

A vacina chinesa produzida pelo laboratório Sinovac já começou a ser aplicada em 890 voluntários de São Paulo, desde a semana passada, no Hospital das Clínicas (HC). Os testes fazem parte de uma parceria com o Instituto Butantan. Em todo o Brasil, 9 mil profissionais da saúde devem participar desta fase de testes.

O governo de São Paulo estima que a terceira fase de testes da vacina chinesa sejam concluídas em 90 dias. “Os pesquisadores do Hospital das Clínicas vão analisar os voluntários em consultas marcadas a cada duas semanas. A estimativa é concluir todo o estudo da fase três de testes da Coronavac em até 90 dias”, afirmou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

De acordo com o governador João Doria (PSDB), se os testes forem bem sucedidos, a fabricação da vacina no Brasil começará a ser produzida no início de 2021.

 

"Se tivermos sucesso, como esperamos ter, a vacina será produzida aqui no Instituto Butantan já no início do próximo ano com mais de 120 milhões de doses. A vacina será destinada a todos os brasileiros, não apenas aqueles que são de São Paulo, e isso será feito através do SUS. O Butantan terá todo o domínio da tecnologia."

Sinopharm (China) 

A farmacêutica China National Biotec Group (CNBG) disse no início da segunda quinzena de julho que sua vacina experimental contra o novo coronavírus teve resultados promissores: ela conseguiu gerar anticorpos contra a Covid-19 em testes clínicos preliminares. A empresa afirma que planeja fazer testes avançados com humanos em países estrangeiros e estima o início da comercialização até o final de 2020.

Descobriu-se que a vacina chinesa, desenvolvida por um instituto de pesquisa de Wuhan filiado à Sinopharm, empresa do mesmo grupo da CNBG, induziu anticorpos em todas as pessoas inoculadas sem reações adversas graves, de acordo com dados preliminares de um teste clínico iniciado em abril com 1.120 participantes saudáveis de 18 a 59 anos.

A CNBG disse que está buscando oportunidades para testes avançados e de larga de Fase 3 no exterior de maneira proativa. No Paraná, o governo estadual montou um grupo de trabalho com o objetivo de efetivar uma parceria com o laboratório chinês, para que as vacinas sejam produzidas pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

Oxford/AstraZeneca (Reino Unido)

Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram no dia 20 de julho, que, de acordo com resultados preliminares, a vacina da universidade para a Covid-19 é segura e induziu resposta imune no corpo dos voluntários. Os resultados, que já eram esperados pelos pesquisadores, se referem às duas primeiras fases de testes da imunização. A terceira fase está ocorrendo no Brasil, entre outros países. A vacina inglesa é considerada como uma das que está mais avançada nos estágios de pesquisa.

Segundo o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Unifesp, os testes da vacina em São Paulo começaram no mesmo dia 20 de julho. Informações da Universidade de Oxford apontam que pelo menos 5 mil profissionais da saúde participarão das testagens no Rio de Janeiro, São Paulo e na região Nordeste.

Ao todo, 50 mil pessoas serão testadas em todo o planeta -- 30 mil nos Estados Unidos e outras em países da África e Ásia. No Brasil, pelo menos 5 mil voluntários entre 18 e 55 anos serão vacinados. A ideia é anunciar os resultados até setembro e, se tudo correr bem, entregar as vacinas já em outubro.

É considerada uma vacina moderna e "segura" por não utilizar o vírus e sim uma sequência genética.

Moderna/NIAID (EUA)

Resultados complementares de testes em macacos rhesus da vacina da Moderna contra a Covid-19 foram divulgados nesta terça-feira (28). Os pesquisadores aplicaram duas doses nos primatas e tiveram uma resposta imune contra a doença, incluindo a proteção das vias aéreas superiores e inferiores dos animais. 

Um mês após a aplicação das duas doses nos macacos, eles foram expostos ao Sars CoV-2 pelo nariz e pulmões. Dois dias depois, nenhum vírus replicante foi detectado nos pulmões de sete dos oito primatas em ambos os grupos. Todos os que receberam o placebo apresentaram a infecção. Ocorreu ainda um controle viral nas vias superiores, sem vírus detectável também no nariz.

Em outro estudo publicado no dia 14 de julho, a vacina se mostrou segura, eficaz e produziu anticorpos em 45 voluntários. Nenhum deles apresentou um efeito colateral grave, mas mais da metade relatou reações leves ou moderadas, como fadiga, dor de cabeça, calafrios, dores musculares ou dor no local da injeção.

A maior parte das queixas veio dos pacientes que tomaram duas doses da vacina em sua concentração mais alta.

BioNTech/Pfizer (Alemanha e EUA)

A empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica americana Pfizer Inc anunciaram, nesta segunda-feira (27), que vão começar a terceira fase de testes, em milhares de voluntários, de sua principal candidata à vacina para a Covid-19.

O estudo deve incluir cerca de 120 locais por todo mundo, inclusive o Brasil, e poderia envolver até 30 mil participantes. Regiões muito afetadas pela Covid-19 devem participar; em solo brasileiro, os testes devem ocorrer em Sao Paulo e em Salvador.

Se o estudo for bem-sucedido, as empresas poderão submeter a vacina à aprovação regulatória já em outubro, encaminhando uma possível produção de até 100 milhões de doses até o final de 2020 e 1,3 bilhão até o final de 2021.

Cada paciente recebe duas doses do protótipo da vacina para ajudar a impulsionar a imunidade. As primeiras 100 milhões de doses vacinariam, então, cerca de 50 milhões de pessoas.

 

Etapas da vacina

Antes de começar os testes em voluntários, a imunização passa por diversas fases de experimentação pré-clinica (em laboratório e com cobaias). Só após ser avaliada sua segurança e eficácia é que começam os testes em humanos, a chamada fase clínica – que são três:

Fase 1: é uma avaliação preliminar da segurança do imunizante, ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são monitorados de perto. É neste momento que se entende qual é o tipo de resposta que o imunizante produz no corpo. Ela é aplicada em dezenas de participantes do experimento.

Fase 2: na segunda fase, o estudo clínico é ampliado e conta com centenas de voluntários. A vacina é administrada a pessoas com características (como idade e saúde física) semelhantes àquelas para as quais a nova vacina é destinada. Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser administrada.

Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações. Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a durabilidade da proteção. Apenas depois desta fase é que se pode fazer um registro sanitário.

A matéria conta com informações do site G1

 
   
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