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Como ser feliz com menos

  • 23 de julho de 2020

Crise do novo coronavírus pode ser uma boa ocasião para rever prioridades, desempoeirar sonhos que ficaram no papel e, sobretudo, aprender a valorizar o que realmente importa

O meio do ano é um bom momento para refletir e construir planos para o semestre que se inicia. Especialmente depois de termos vivido meses tão atípicos como os últimos. A crise econômica nos levará a perder parte do nosso poder aquisitivo, e teremos que aprender a viver com menos. Entretanto, sabemos que qualquer crise também pode ser uma oportunidade se mudarmos nossa maneira de contemplá-la.

Temos a ocasião perfeita para rever prioridades, desempoeirar sonhos que ficaram no papel e, sobretudo, aprender a valorizar o que realmente importa. Muitas vezes nos apegamos a coisas que, no fundo, só ocupam espaço, mas que não nos fazem felizes. Uma crise é um bom momento para nos desfazermos de tudo aquilo que não contribui para nós e para nos centrarmos no realmente importante. Temos uma valiosa pista em O Pequeno Príncipe, a maravilhosa obra de Antoine de Saint-Exupéry: “O essencial é invisível aos olhos”. Aproveite este mês para refletir sobre as coisas essenciais em nossa vida, treinar o desapego, que tanto nos custa, e confrontar o próximo semestre com mais força e maior determinação. Estas são algumas ideias práticas.

Comecemos com algo simples: revisar os armários e jogar fora tudo o que não nos sirva. Qualquer mudança começa com um pequeno passo. Neste caso, os armários são quase sempre os típicos espaços onde acumulamos tudo o que já não usamos ou não queremos. Revisar e eliminar as peças que não vestimos mais é um começo que nos oferece serenidade e dá espaço para treinar o que mais nos custa: o desapego. Além disso, se doarmos aquilo de que nos desprendemos, teremos uma dupla satisfação. Não podemos nos abrir a novas oportunidades se carregarmos uma mochila pesada. Se quisermos aprender algo novo, temos que saber dizer não ao que já não nos serve mais.

Outro exercício prático é fazer uma lista dos momentos mais felizes que vivemos e identificar o que tinham em comum. Muito possivelmente não estavam relacionados com o dinheiro, e sim com aspectos intangíveis: a amizade, a família, o contato com a natureza, a possibilidade de viver experiências novas… Quando as pessoas precisam aprender a viver com menos, devem se centrar no imaterial, naquilo que está ao nosso alcance sem que seja preciso comprar: cultivar a amizade, viver experiências em nossa própria cidade, aprender coisas novas ou cuidar dos pais se tivermos tido que voltar para a casa deles.

Muita gente vive presa em gaiolas de ouro. É verdade que no meio de uma crise, tomar decisões profissionais se torna mais vertiginoso que em outras épocas. Entretanto, vale a pena reconhecer qual é a gaiola de ouro onde estamos presos e que nos impede de alcançar a felicidade. Pode ser um trabalho, o sucesso, uma indenização, uma relação sentimental, uma casa… Talvez as gaiolas de ouro sejam as mais difíceis de se desapegar, mas também são as mais libertadoras. Uma vez que nos desfazemos delas, encontraremos o caminho livre. Agora que a crise econômica e sanitária causada pelo coronavírus deixou muitas seguranças de perna para o ar, é uma boa oportunidade para identificar o que nos mantém presos.

Para identificar o essencial de nossas vidas e nos centrar nisso, o autor norte-americano Stephen Covey propõe um exercício prático em seu emblemático Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Entre as primeiras dinâmicas do livro, sugere escrevermos a carta que gostaríamos que fosse lida em nosso funeral. Soa um tanto lúgubre, mas nos ajuda a tomar uma perspectiva de como queremos ser recordados e a que devemos dedicar nossa atenção. Queremos ser recordados como o mais rico ou como a pessoa que mais ajudou os outros? Talvez, em nossa carta, voltemos a nos centrar no essencial, naquilo que é invisível aos olhos, mas que realmente nos permite ser felizes.

Pilar Jericó é empreendedora, escritora, palestrante, doutora em Organização Empresarial e divulgadora de pesquisas sobre o comportamento humano.

FONTE: EL PAÍS

   
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