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Em tempos de grandes desafios, Sindicontas/PR promove Seminário para os servidores do TCE-PR

  • 24 de outubro de 2019
Confira as entrevistas com os palestrantes e os temas que serão tratados. No evento, serão esclarecidas dúvidas sobre a Nova Previdência e será realizada uma palestra sobre a importância da felicidade como meio para sair das dificuldades
 
Em meio a tantos desafios enfrentados pelos servidores públicos, incluindo a aprovação da Reforma da Previdência (PEC 06/2019), o Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (Sindicontas/PR) promoverá o Seminário Dia do Servidor do TCE-PR, em parceria com a Associação Beneficente e Recreativa do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (ABRTC). O evento acontecerá na próxima terça-feira (29), às 9h30, no Auditório do TCE-PR.
 
Como um convite para que todos os filiados participem, realizamos entrevistas com os nossos palestrantes para elucidar os temas que serão tratados durante o Seminário. Serão ministradas duas palestras: A primeira será do advogado e consultor jurídico Leonardo Ziccarelli Rodrigues, com o tema "Como fica a sua aposentadoria?". A segunda pelo professor de pós-graduação, palestrante e consultor Luiz Gaziri, com o tema “Felicidade”. Confira as entrevistas:
 
“COMO FICA A SUA APOSENTADORIA?”, por Leonardo Ziccarelli Rodrigues.
 
Leonardo Ziccarelli Rodrigues1. No que diz respeito a aposentadoria dos servidores públicos, quais serão os pontos tratados na palestra?
Como introdução, a ideia é fazer uma exposição de alguns aspectos históricos que envolvem toda essa Reforma da Previdência. Depois vou trazer os principais aspectos materiais: as mudanças de regras de acesso a benefícios de aposentadoria, a mudança na questão da idade mínima, do tempo de contribuição. Aquilo que vai acontecer em termos de prorrogação do tempo de trabalho para alcançar direito ao benefício.
 
Hoje, por exemplo, o servidor público homem pode se aposentar com 60 anos, enquanto pela nova regra precisaria de 65 anos. Existe uma diferença que acaba exigindo mais tempo do servidor no trabalho para que ele possa alcançar o direito a aposentadoria, mas existem regras de transição para quem já está em vias de se aposentar e eu quero traçar um pouco dessas regras, dando alguns exemplos de forma didática. 
 
Também vou mostrar a questão das regras de cálculo, uma das grandes mudanças com a aprovação da Reforma, e que representa uma redução no valor dos benefícios. Então são duas questões principais: Primeiro que os servidores vão ter que trabalhar mais para se aposentar e depois que a regra de cálculo também vai afetar o valor dos benefícios, tanto de aposentadoria quanto de pensão por morte.
 
Eu vou trabalhar esse cenário de introdução e depois vem a apresentação dessas principais regras que vão impactar no planejamento previdenciário que cada um tinha. O servidor tinha a expectativa em mente de se aposentar em algum momento, por isso, eu vou tentar mostrar para eles quais são os impactos dessa Reforma e qual o grau de afetação desse planejamento que a Reforma está trazendo. 
 
2. Você considera viável a aprovação da Reforma da Previdência para os Estados por meio de PEC Paralela? Quais são os prós e contras?
A PEC Paralela não obriga os Estados a formularem as suas leis estaduais, mas prevê que elas têm que estar coordenadas com as regras dos servidores federais. Assim, aquelas regras gerais que estão dispostas hoje na Reforma da Previdência e que de fato só atingem, de imediato, os servidores federais, devem ser mantidas quando as Assembleias começarem a discutir as suas novas leis estaduais. 
 
Só que não se sabe se a PEC Paralela realmente vai ser aprovada em breve, se é que ela vai ser aprovada neste ano e se é que ela vai ser aprovada no ano que vem. Se acontecer de não ser aprovada, vai depender de cada Estado fazer isso. 
 
Então os Estados vão ter que ter vontade política para estar fazendo isso, só que teremos ano de eleição e é um tema que tem um custo político muito grande. Isso porque você tem lá, vereadores, prefeitos, que normalmente são bases aliadas de deputados estaduais e governadores e, de repente, eles vão pedir voto para a categoria de servidores públicos, mas, ao mesmo tempo, vão estar na dúvida se vão mexer com as suas aposentadorias. 
 
Enfim, é uma situação delicada essa questão da PEC Paralela. Tem os aspectos positivos e negativos, o aspecto positivo é que cada Estado e cada Município pode debater de uma forma mais longa e prolongada as mudanças que serão necessárias. 
 
3. Depois da aprovação no Senado Federal, quais são as próximas etapas para que as mudanças comecem a valer?
O próprio Congresso Nacional, pelas regras de processo legislativo, pode promulgar a aprovação da Reforma. Esse texto-base já poderia ser aprovado nos próximos dez dias, normalmente é de um a dez dias o prazo. Promulgou, a partir do dia seguinte já estão em vigor as novas regras. 
 
Eu vou tratar em relação ao direito adquirido, sabe? Porque isso é uma coisa que interessa a todos que estão sendo impactados pela Reforma. Aqueles que continuam trabalhando no serviço público, mas já preencheram os requisitos para aposentadoria, esses não vão ser afetados pelas mudanças, mesmo que venham exercer os seus direitos mais tarde. Aqueles que já possuem o direito, não há necessidade de correr em relação a isso.
 
Eu vou explicar outras formas de planejamento previdenciário para agregar mais tempo. Por exemplo, muitos servidores trabalhavam antes na iniciativa privada. E o tempo da iniciativa privada, eles ainda não trouxeram para o serviço público. Isso contribui muito para um planejamento previdenciário, para que o tempo agregado permita que os servidores públicos preencham os requisitos necessários antes da mudança da lei. 
 
4. Qual a importância de os servidores informarem-se sobre as alterações e comparecerem ao Seminário para elucidarem dúvidas?
É importante porque tem um caráter fundamental, informativo, educacional, de planejamento, de transparência nas informações. São mudanças impactantes para a sociedade como um todo, mas é muito importante que o servidor entenda que, para aqueles servidores que já estão contribuindo há mais tempo, existem regras de transição que permitem uma aposentadoria antes das regras novas e existe também a questão do direito adquirido que blinda, que protege o trabalhador que já atingiu os requisitos. 
 
“FELICIDADE”, por Luiz Gaziri.
 
Luiz Gaziri1. Quando começou a palestrar sobre felicidade e por quê?
Felicidade eu estudo há 15 anos. E eu achava que, no tempo em que eu era executivo, felicidade era uma bobeira. Até que eu descobri, na ciência, que a felicidade traz vantagens que poucas pessoas conhecem. Quando a gente está feliz é mais criativo, presta mais atenção nos problemas ao nosso redor, a nossa visão periférica aumenta, a gente literalmente enxerga mais. Então, a felicidade aumenta a atividade.
 
Tem uma parte do cérebro que é responsável pelo planejamento e pela projeção do futuro, pela linguagem, pela criatividade, pela argumentação. Então, ser feliz, não é nenhuma bobagem. Além de tudo, as pessoas felizes vivem dez anos mais que as pessoas não felizes. Pessoas que são felizes tem menos chances de ter gripe e várias outras doenças como o câncer, Alzheimer, diabetes. É muito importante ser feliz.
 
2. Qual linha que será traçada na sua palestra no Seminário?
Basicamente, existem três fatores na palestra. O primeiro é a relação entre dinheiro e felicidade, será que eu preciso ser rico para ser feliz? Ou será que existe uma outra relação mais interessante do que dinheiro com a felicidade? O segundo é como o reconhecimento funciona na felicidade? Será que quando buscamos o reconhecimento das outras pessoas trazemos felicidade ou são outros fatores que aumentam a nossa felicidade?
 
No final, acabamos falando sobre o pensamento positivo, porque hoje em dia existe uma crença bem forte de que pensar positivo nos deixa felizes, de que isso faz com que nós atinjamos os nossos objetivos com mais facilidade. E, na verdade, os cientistas nos mostram justamente o contrário: que pensar positivo reduz as nossas chances de atingir objetivos, de que nós temos que pensar negativo também. 
 
São crenças que vamos quebrando sobre porque é importante ser feliz e quais são as variáveis que verdadeiramente aumentam a nossa felicidade, porque tem muita gente que busca a felicidade em lugares onde ela não está. Então, ver esses caminhos que os cientistas estudam há mais de trinta anos, que concluímos que a nossa felicidade é uma coisa nova, é uma coisa diferente, e eu quero chamar a atenção das pessoas para isso.
 
Eu li muitos artigos científicos, eu visitei vários cientistas para escrever esse livro. Eu fiquei quatro anos escrevendo esse livro sobre a felicidade, eu visitei os cientistas mais renomados do mundo sobre felicidade, eu passei pelos Estados Unidos em todos os cantos para conhecer esses cientistas, para entender o que eles descobriram para tomarmos as decisões melhores na nossa vida. 
 
3. No atual momento do funcionalismo, qual a importância de os servidores buscarem a felicidade e motivação para seguirem desempenhando o seu bom trabalho?
É inevitável passar por momentos difíceis, ser feliz também é saber que momentos ruins são inevitáveis na nossa vida. Agora, o quanto a gente demora para sair deles ou o quanto a gente sofre para sair dos momentos negativos, é o resultado das nossas escolhas no dia a dia. Se tivermos muitas emoções positivas, cultivarmos aquilo que os cientistas nos mostram que verdadeiramente nos deixa felizes. 
 
O acúmulo de emoções positivas faz com que o nosso cérebro pare de focar nos coisas ruins que existem. O nosso cérebro funciona melhor quando estamos felizes, então encontramos maneiras de escapar das dificuldades, de ter criatividade, de ter motivação, de crescer. Precisamos praticar a felicidade todos os dias, então eu vou ensinar o que nos deixa felizes e como que podemos praticar essas atividades que vão aumentar a nossa felicidade. 
 
 
   
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Comentários

25 de outubro de 2019 - 10:47

JORGE NIVALDO FORTES

Peço inscrever-me. Muito grato!

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