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Guedes critica sindicatos e diz que eram beneficiados pela ditadura

  • 15 de agosto de 2019
Defendia MP da Liberdade Econômica
Pediu tempo para crescimento do PIB
 
O ministro Paulo Guedes afirmou nesta 2ª feira (12.ago.2019) que o sindicalismo “nasceu para assegurar seus próprios benefícios em mercados fechados”. O economista criticou a atuação dos sindicatos e afirmou que durante a ditadura militar, essas organizações e o governo eram parceiros.
 
“Sobrava [dinheiro] para o governo com bastante impostos, sobrava para as montadoras […] e sobrava também para os sindicalistas do ABC paulista que ganhavam 10, 12, 13 vezes mais que a média do trabalhador brasileiro porque se não pagasse eles iam para a porta da fábrica e ameaçavam quem quisesse trabalhar e quebravam tudo e brigavam com a polícia e aí, parecia que era coisa da ditadura. Não, a ditadura tava garantindo aqueles salários extraordinários para aquele grupo seleto de sindicalistas. Quem conhece a economia sabe quem era parceiro de verdade da ditadura militar”, afirmou durante a abertura do seminário “Declaração de Direitos de Liberdade Econômica” promovido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em Brasília (DF).
 
Sobre a atuação dos sindicatos hoje, crítica às medidas propostas pelo governo, Guedes disse que eles “têm que refletir muito sobre o que eles estão fazendo”. “Gente que nunca trabalhou em nome de representar 40 milhões de brasileiros desempregados, pessoas que nunca trabalharam querem ter gasolina no tanque todo dia. É justamente a gasolina que nós cortamos com aquela medidas de desconto compulsório na folha. Como se nós todos fôssemos obrigados a financiar grupos que querem atacar as medidas. Ué, organizem-se voluntariamente”, declarou.
 
O economista afirmou ainda que a MP (Medida Provisória) da Liberdade Econômica é uma das medidas que cumpre a promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro de “tirar o Estado do cangote brasileiro”. Disse ainda que o texto traz 3 grandes mensagens: o direito ao empreendedorismo, a limitação do que chamou de “abusos do governo” e o 3º “estabilizar, garantir, assegurar a segurança jurídica de contratos”.
 
O ministro afirmou ainda que a melhora do cenário econômico não dependerá de apenas uma reforma, mas de uma “sequência” delas. Em seu conjunto, devem trazer uma “mudança conceitual” na relação entre o Estado brasileiro e as empresas, afirmou. Pediu também mais tempo para que o governo desenvolva este cenário de crescimento: “Em 5 [meses], 6 meses, o Brasil não está andando, culpa do novo governo. Dê 1 ano ou 2 de 1 governo, dê uma chance de 1 governo de 4 anos para a liberal democracia. Nos dêem chance de trabalhar também”, afirmou.
 
Questionado por jornalistas sobre o recuo de 0,13% no 2º trimestre deste ano, segundo o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), em comparação com os 3 primeiros meses de 2019, o ministro não comentou. Caso os dados de PIB (Produto Interno Bruto) a serem divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmem a queda, a economia terá entrado na chamada recessão técnica (2 trimestres consecutivos de retração).
 
O OUTRO LADO
Ao Poder360, o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, criticou Guedes e disse que quem foi parceiro da ditadura foi o próprio ministro. De acordo com o presidente da UGT, o movimento sindical foi 1 dos instrumentos mais poderosos para acabar com a ditadura no Brasil.
 
Patah defendeu as instituições. Afirmou que os sindicatos lutam para trazer melhorias para os trabalhadores e lutar com melhores condições no trabalho. Eis a íntegra da réplica de Patah:
 
“O ministro se equivocou e muito porque ele viveu a ditadura no Chile e inclusive conseguiu ajudar a implementar a Previdência lá por causa da ditadura. Agora aqui é diferente. O movimento Sindical na realidade foi contra a ditadura muitas pessoas morreram, outras foram exiladas. Muitos sindicatos tiveram a interferência governamental. A forma como ele fala dá a entender que o movimento sindical era parceiro da ditadura. Parceiro da ditadura foi ele. Em nenhum momento o movimento sindical brasileiro foi parceiro da ditadura. Pelo contrário, ele foi 1 dos instrumento mais poderosos para acabar com a ditadura.
 
Devia ter um reconhecimento muito grande para com o sindicato que infelizmente está sendo maculado. Dizem que recebe milhões para fazer piquete e esquecem que os recursos que os sindicatos usam são para conseguir campanhas salariais, para conseguir benefícios para os trabalhadores, para conseguir eliminar o trabalho análogo a escravidão, para acabar com a informalidade e para gerar empregos”.
 
Fonte: Poder 360 
   
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