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Paraná tem 450 barragens e pelo menos 11 apresentam alto risco de romper

  • 29 de janeiro de 2019
Depois da tragédia ocorrida em Brumadinho (MG) na última sexta-feira, com pelo menos 65 mortos e 292 desaparecidos, a questão da segurança em barragens passou a virar o foco das atenções. E no Paraná, o cenário apresentado pela Agência Nacional de Águas (ANA) em seu mais recente relatório, divulgado em novembro de 2018, não é dos mais animadores.
 
De acordo com o Relatório de Segurança de Barragens, que traz dados referentes ao ano de 2017, o Paraná conta com 450 barragens para diferentes finalidades, como acúmulo de água, de rejeitos de minérios ou industriais e para geração de energia — a ANA, contudo, estima que o número de represamentos artificiais espalhados pelo País seja pelo menos três vezes maior que os dados oficiais, uma vez que não são todos os órgãos e entidades fiscalizadoras que cadastraram as barragens sob sua jurisdição.
 
Ainda assim, apenas com relação aos barramentos oficialmente cadastrados, temos que 11 são classificados como apresentando alto risco, 30 de médio risco e 63, baixo risco. A categoria de risco refere-se a espectos da própria barragem que possam influenciar na possibilidade de ocorrência de acidente, como a condição da estrutura.
 
Dentre as classificadas como alto risco, sete ainda apresentam um Dano Potencial Associado (DPA) considerado alto, clasificação esta que se refere ao dano causado em caso de acidente ou rompimento. O caso mais grave é o da Represa Canteri, em Imbituva, na região Centro-Sul do Estado, cujo nível de perigo da barragem é classificado como demandando atenção das autoridades.
 
Fiscalização é o maior problema
O maior problema com relação às barragens no Paraná, contudo, diz respeito à fiscalização. Das 450 barragens existentes no Estado, apenas 79 (17,5% do total) receberam alguma inspeção desde 2015. A questão, inclusive, foi citada expressamente pela ANA em seu relatório, com o órgão apontando haver apenas quatro funcionários no Instituto de Águas do Paraná atuando na fiscalização.
 
“Todas as pessoas que atuam nesta questão, além de possuírem outras tarefas, estão quase se aposentando ou não fazem parte do quadro funcional, sendo servidores de outros órgãos e estando temporariamente à disposição do Águas Paraná”, escreve a ANA.
 
A engenheira Mariana Alice Maranhão, do Departamento de Fiscalização do Crea-PR, aponta algumas melhorias que seriam importantes para se evitar acidentes e tragédias como as ocorridas em Mariana e Brumadinho.
 
“É preciso ampliar o banco de dados, não colocar só quais as barragens (existentes), mas os profissionais responsáveis, e exigir relatório visual, verificação com frequência maior, para que não ocorra nenhum tipo de acidente”, aponta a especialista. “Claro, mesmo com laudo é possível acontecer acidentes, mas a chance diminui muito”, ressalta.
 
Em quatro anos, houve pelo menos 56 ocorrências, uma delas no Sul do PR
Nos últimos quatro anos com dados disponíveis (2014, 2015, 2016 e 2017), pelo menos 56 ocorrências envolvendo barragens (acidentes ou incidentes) foram registrados em todo o país. Os dois episódios mais graves ocoreram em Minas Gerais, nos municípios de Mariana (em 5 de novembro de 2015) e Brumadinho (na última sexta-feira). No primeiro caso, foram 19 mortos e um ferido. No segundo, já eram 65 mortos e 292 seguiam desaparecidas até esta segunda-feira (28).
 
Dentre todas essas ocorrências, uma foi registrada no Paraná. Foi na Barragem Fazenda Guavirova, em União da Vitória, no dia 24 de agosto de 2016. Na ocasião, uma cheia provocou o rompimento da barragem, ocasionando a morte de uma pessoa.
 
Simepar avaliará as unidades paranaenses
Nesta segunda-feira (28), o Governo do Estado anunciou que fará um contrato de gestão com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) para avaliar a situação das barragens existentes no território paranaense. Em paralelo, duas unidades que abrigam resíduos minerais, em Cerro Azul e Campo Largo, serão vistoriadas nessa semana. Os trabalhos serão monitorados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental e Turismo (SEDAT).
 
Enquanto isso, o Estado também auxilia Minas Gerais. Três bombeiros altamente qualificados do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) foram mandado para Brumadinho na noite de domingo e atuarão como observadores, fazendo o levantamento de informações, e auxiliarão na busca às vítimas, se solicitado.
 
 
Fonte: Bem Paraná
   
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